Defesa de Bolsonaro pede novos atendimentos médicos na PF
Pedido ao STF busca autorizar dois especialistas para atender Bolsonaro na PF; ex-presidente cumpre pena em Brasília após condenação de 27 anos e três meses
Nesta segunda-feira (1), a defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro protocolou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para autorizar o acesso de dois novos profissionais de saúde — um cardiologista e um fisioterapeuta — à carceragem da Polícia Federal, em Brasília, onde o ex-presidente cumpre pena. A solicitação busca garantir que ambos possam realizar atendimentos regulares a Bolsonaro dentro da unidade prisional.
Pedido do ex-presidente
O pedido ganhou força após o ex-presidente voltar a apresentar repetidos episódios de crise de soluços desde a última quinta-feira (27). Segundo sua defesa, os problemas de saúde de Bolsonaro seriam decorrentes das cirurgias pelas quais passou após a facada sofrida durante a campanha eleitoral no ano de 2018.
Ex-presidente Jais Messias Bolsonaro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ton Molina)
A solicitação foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, que recebeu a indicação dos próprios defensores de Bolsonaro dos dois profissionais: o cardiologista Brasil Ramos Caiado e o fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas. De acordo com os advogados, os especialistas são essenciais para acompanhar a condição clínica do ex-presidente e garantir a estabilidade dos cuidados necessários.
Condenação
Bolsonaro já cumpre pena de 27 anos e três meses por suas condenações relacionadas às tramas golpistas e está preso na Superintendência da Polícia Federal desde 22 de novembro, data em que teria tentado violar a tornozeleira eletrônica que utilizava para ser monitorado enquanto estava em prisão domiciliar. Moraes decretou o início do cumprimento da pena do ex-presidente após alegar grande risco de fuga. Até o momento, não houve manifestação pública do ministro Alexandre de Moraes sobre a decisão do pedido apresentado pela defesa.
Enquanto isso, aliados e advogados do ex-presidente reiteram a necessidade de reforçar a equipe médica para evitar o agravamento de seu estado de saúde e de uma piora física. Por outro lado, a solicitação reacende o debate sobre possíveis tratamentos diferenciados a condenados e sobre a importância de manter a aplicação igualitária das regras do sistema penitenciário.
