O Brasil carrega mais um título nada satisfatório: é o segundo país com o maior número de ataques cibernéticos no mundo. Segundo o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, realizado pela empresa Kaspersky, ao longo dos últimos 12 meses, o país registrou cerca de 700 milhões de ataques cibernéticos, uma média de 1.379 incidentes por minuto.
Inteligência artificial nos ataques
A inteligência artificial tem ajudado nos avanços dos ataques cibernéticos, tornando-os mais difíceis de detectar. Entre os principais ataques está o “vishing”, em que são utilizados recursos de voz para simular vozes de outras pessoas, enganando as vítimas e gerando o “fishing”, que consiste em adquirir informações. O fishing representa 90% dos ataques cibernéticos.
Segundo o relatório “Cost of a Data Breach”, da International Business Machines Corporation, o custo médio de violação de dados no país é de R$ 6,75 milhões. O “phishing”, a forma de ataque mais comum, pode atingir a R$ 7,75 milhões por violação.
As tecnologias desempenham um papel fundamental, mas a resiliência cibernética é influenciada tanto pelas pessoas, quanto pela cultura. “Um foco exagerado na tecnologia pode resultar na falta de capacitação e conscientização dos funcionários”, afirma um especialista.
Como fortalecer a segurança
Chelsea Jarvie é uma escocesa especialista em segurança cibernética e conta como a tecnologia se torna um desafio para os ataques. Além disso, reforça a importância dos usuários utilizarem medidas reforçadas para proteção, no entanto, destaca que esse processo não depende apenas de tecnologias modernas para se sustentar.
Segundo Chelsea, é fundamental estabelecer processos e campanhas que incorporem a segurança no dia a dia dos colaboradores, além de promover treinamentos que os auxiliem a compreender as metas dos atacantes e como evitar cair em diversas armadilhas.
Para evitar os ataques e fortalecer a segurança, a Kaspersku recomenda atualizar sempre os sftwares para corrigir vulnerabilidades, adotar soluções fortes e realizar treinamentos para que os colaboradores estejam preparados para identificar possíveis ameaças.