Calor extremo causa 1.180 mortes na Espanha em dois meses
O Ministério do Meio Ambiente da Espanha informou nesta segunda-feira (14) que as altas temperaturas no país causaram 1.180 mortes nos últimos dois meses, um número maior comparado ao mesmo período do ano passado. A Espanha foi atingida por um calor extremo nas últimas semanas, com temperaturas ultrapassando 40 graus Celsius. As regiões mais afetadas […]
O Ministério do Meio Ambiente da Espanha informou nesta segunda-feira (14) que as altas temperaturas no país causaram 1.180 mortes nos últimos dois meses, um número maior comparado ao mesmo período do ano passado.
A Espanha foi atingida por um calor extremo nas últimas semanas, com temperaturas ultrapassando 40 graus Celsius. As regiões mais afetadas foram ao norte do país, como as cidades de Galícia, La Rioja, Astúrias e Cantábria, conhecidas por terem as temperaturas mais frias durante o verão.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente do país, a maioria das pessoas que morreram de causas relacionadas ao calor tinham mais de 65 anos, sendo as mulheres, mais da metade das vítimas.
Incêndios florestais na Espanha
Altas temperaturas, tempestades e ventos fortes dificultaram a extinção de um incêndio florestal que ocorreu no início do mês de julho. No dia, duas pessoas morreram em um incêndio florestal que atingiu a região da Catalunha.
O fogo destruiu diversas fazendas, atingiu área agrícola e a orientação dos bombeiros era que as pessoas, longe do local, permanecessem em suas casas. “O incêndio foi extremamente violento e irregular devido às tempestades e ventos fortes, gerando uma nuvem de convecção que complicou os esforços de extinção”, comunicou o corpo de bombeiros.

Ação humana é responsável pelas mudanças climáticas
Entre maio de 2024 e maio de 2025, mais de 190 países e territórios registraram um aumento de dias de calor extremo, e o relatório internacional produzido por cientistas da Cruz Vermelha Internacional World Weather Attribution e do Climate Central, aponta que as mudanças climáticas, causadas pelas ações humanas, é a maior responsável por isso.
O calor excessivo é apontado como o evento climático mais mortal do planeta. Em 2022, a Europa registrou mais de 61 mil mortes por calor, entretanto, tem-se a informação de que muitas mortes são sub notificadas, o que significa que os números podem ser ainda maiores.
Os cientistas utilizaram como base a temperatura acima do percentil 90 para cada localidade, comparando o histórico de 1991 a 2020, e chegaram à conclusão de que quase metade da população mundial viveu ao menos 30 dias a mais de calor extremo no último ano.
