Caso P. Diddy: Alegações finais do processo começam neste final de semana
Depois de quase dois meses de depoimentos, o julgamento de Sean “Diddy” Combs entrou em sua fase final nesta quinta-feira (26), com os argumentos finais da acusação e da defesa. O caso mistura fama, poder, sexo e drogas, e pode levar o rapper à prisão perpétua, se for considerado culpado. A promotora Christy Slavik descreveu […]
Depois de quase dois meses de depoimentos, o julgamento de Sean “Diddy” Combs entrou em sua fase final nesta quinta-feira (26), com os argumentos finais da acusação e da defesa. O caso mistura fama, poder, sexo e drogas, e pode levar o rapper à prisão perpétua, se for considerado culpado.
A promotora Christy Slavik descreveu Diddy como o líder de uma organização criminosa que usava a força e o medo para conseguir o que queria. Em sua fala para os jurados, ela disse que o artista não aceitava ouvir “não” e que comandava tudo com violência e manipulação. Durante mais de sete semanas, o júri ouviu depoimentos sobre o comportamento agressivo do produtor, além de relatos de festas com sexo e drogas, em que ele teria contratado profissionais para se relacionarem com suas parceiras.
O que a promotoria diz
A promotoria afirma que, por décadas, Combs liderou uma rede criminosa junto a pessoas próximas. As vítimas teriam sido forçadas a se prostituir, trabalhar sem escolha e participar de outras ações ilegais, como suborno e ameaças a testemunhas.
Entre as vítimas citadas está a cantora Cassie Ventura e outra mulher que usou um nome falso no tribunal. As duas teriam sido obrigadas, sob efeito de drogas, a manter relações com acompanhantes contratados por Combs. Além da acusação mais grave — associação criminosa — que pode resultar em prisão perpétua, Diddy também é acusado de agressão, tráfico sexual e transporte para fins de prostituição.
A defesa do artista diz que todas as relações foram consensuais e que muitas testemunhas estariam motivadas por interesse financeiro ou vingança. Combs optou por não apresentar testemunhas em sua defesa.
Durante o julgamento, a acusação apresentou milhares de mensagens, gravações e depoimentos, muitos com conteúdos fortes, para tentar convencer o júri da culpa do produtor.
Alegação da defesa de Diddy
Algumas das gravações apresentadas durante o julgamento mostram momentos de sofrimento das supostas vítimas. No entanto, outras mensagens revelam carinho e desejo, o que a defesa usou diversas vezes para argumentar que as relações eram consensuais. O júri teve acesso a vídeos de encontros sexuais em grupo que a acusação classificou como abusivos. Por outro lado, os advogados de Combs mostraram conversas que, segundo eles, indicam que tudo acontecia com o consentimento das pessoas envolvidas.
Além disso, foram apresentadas provas como comprovantes de pagamento a acompanhantes, registros de voos e despesas com hospedagem, o que reforça, para a acusação, a existência de um esquema organizado.
Com os argumentos finais chegando ao fim, os 12 jurados devem iniciar as deliberações na próxima segunda-feira (30), quando vão discutir e decidir o futuro de Sean “Diddy” Combs com base em tudo o que foi apresentado no julgamento.
