Laudo do Instituto Médico Legal (IML) revelou que a adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, não sofreu violência sexual antes de ser assassinada. Documento também confirmou que a jovem foi morta com três facadas, sendo uma no pescoço, outra no tórax e uma terceira no rosto. Investigação continua para esclarecer os detalhes do crime brutal ocorrido em Cajamar, Grande São Paulo.
Detalhes do Laudo
De acordo com a análise forense, vítima apresentava ferimentos profundos, indicando que a agressão foi feita com força significativa. Perfurações no pescoço e no tórax atingiram órgãos vitais, possivelmente causando a morte rápida da jovem. Corte no rosto, segundo peritos, pode ter sido um ato de mutilação pós-morte ou um golpe complementar ao crime.
Exames também confirmaram que não houve lesões traumáticas na região genital ou perineal da vítima, afastando a hipótese inicial de violência sexual. Laudo pericial também indicou a presença de álcool no sangue da adolescente, embora peritos alertem que esse resultado pode estar relacionado ao processo de putrefação do corpo. No entanto, polícia investiga se Vitória foi embriagada ou dopada antes do crime.
Desaparecimento e Descoberta do Corpo
Jovem desapareceu na noite de 26 de fevereiro após sair do trabalho e pegar um ônibus em direção à sua casa. Corpo foi encontrado nu, com a cabeça raspada e marcas de facadas, em uma região de mata. Arma do crime ainda não foi localizada, e polícia segue buscando pistas sobre o objeto utilizado na execução.
Câmeras de segurança registraram Vitória saindo do shopping onde trabalhava e se dirigindo ao ponto de ônibus. Durante o trajeto, ela trocou mensagens com uma amiga relatando medo de dois rapazes que estavam no ônibus com ela. Mais tarde, em um novo áudio, disse que um carro com dois homens passou por ela e que eles a assediaram. Essa foi sua última comunicação antes de desaparecer.
Suspeito Preso e Andamento das Investigações
Polícia Civil identificou Maicol Sales dos Santos como o principal suspeito do crime. Ele foi preso no dia 8 de março e é apontado como o autor do assassinato, possivelmente motivado por vingança, após não ter sido correspondido pela vítima. Testemunhas relataram ter visto o carro dele próximo ao local onde Vitória desceu do ônibus e, posteriormente, movimentos suspeitos na casa do suspeito durante a madrugada.
Polícia também analisa o celular de Maicol, onde foi identificado que ele visualizou uma foto postada por Vitória no ponto de ônibus poucos minutos antes de ela desembarcar. Para os investigadores, esse pode ser um indício de que ele a monitorava e planejou a abordagem.
Caso segue sob investigação para elucidar todos os detalhes do crime e identificar possíveis cúmplices. Polícia aguarda exames adicionais, incluindo a análise de um fio de cabelo encontrado no carro de Maicol, para confirmar sua ligação direta com a cena do crime.