Um estudo divulgado nessa quinta-feira (21) do Todos Pela Educação, analisou os dados do Censo da Educação Superior, que contestam que dentre os 10 alunos concluintes nos cursos de Pedagogia e Licenciatura em 2020 no Brasil, 6 estão na modalidade EAD (Ensino à distância), representando 61,1 %.
Numa comparação com os outros cursos de Ensino Superior brasileiro, esse número é de 24,6%. Contudo, a formação de professores que optam pelo Ensino à Distância é duas vezes maior em relação aos demais cursos.
Ensino à Distância (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
Durante a entrevista à CNN Rádio, a Especialista CNN em Educação, Claudia Costin, explica que a educação à distância em si não é ruim, mas torna-se um problema quando é protagonista na formação de professores. “A prática na formação docente é muito importante. Mais do que isso, a conexão entre teoria e prática, que pode ser pouco trabalhada até mesmo em cursos presenciais”, afirmou Costin.
Um estudo aponta que no ano de 2010, 231.581 pessoas concluíram cursos voltados à formação de professores. Em 2020, foram 235.055, representando um crescimento em 10 anos de 1,5%.
A quantidade de formandos que utilizam o método de ensino presencial vem diminuindo, tanto nas redes públicas quanto nas privadas, enquanto a educação à distância na rede privada cresceu 109,4% no mesmo período. Segundo a organização que realizou a pesquisa, esse crescimento tem sido significativo e acentuou ainda mais nos últimos dois anos de análise.
Ainda segundo a Especialista CNN, os cursos deveriam adotar as aulas semipresenciais. Como também, deveriam investir na atratividade da profissão de professor, para um resultado mais profissional.
“Com equação salarial e respeito profissional, criamos um olhar de respeito e admiração em direção ao professor”, explicou Claudia Costin. “O que esse profissional menos precisa hoje é um olhar de piedade”, conclui ela.
Foto de destaque: Reprodução/mundoeducacao.uol.com.br