Abag questiona sentido de concentrar grandes aeronaves em Congonhas

Alexandre Muniz Por Alexandre Muniz
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A resposta da Associação Brasileira de Aviação Geral, questionou a intensificação do tráfego de grandes aeronaves, os quais comprometeriam voos regionais que Congonhas comumente recebe.

As companhias aéreas brasileiras ofertaram uma proposta de restringir aviões pequenos no aeroporto de Congonhas no horário de pico. A Abag criticou essa decisão, afirmando que o aeroporto de São Paulo somente pode atender voos de negócios e regionais, muito porque em sua opinião não há sentido concentrar essa grande quantidade de voos importantes num local só com uma pista de embarque/desembarque aéreo. “Não faz sentido fazer de Congonhas um hub (centro de distribuição de voos) vital para a malha aérea nacional”, disse a Instituição.

“Faz muito mais sentido deixar Congonhas para os aviões menores do que enxotá-los de lá”. “A verdadeira vocação de Congonhas não é para grandes jatos com muitos passageiros. Há outros aeroportos no entorno de São Paulo, como Guarulhos e Viracopos, verdadeiramente vocacionados para servirem melhor às linhas aéreas e seus usuários”, diz o texto publicado pela Abag.


Vista aérea do aeroporto de Congonhas (Foto: Reprodução/Suno/Infraero)


A associação criticou ainda o modo como as grandes companhias aéreas lidaram com a situação; quando os voos na pista foram fechados, o certo seria alertar os passageiros, e então hospedar eles em alguma casa ou hotel para aguardar seu voo, ou podiam realocá-los em novas aeronaves de Guarulhos e Viracopos. “Das duas, uma: ou houve incompetência na gestão da crise, ou as empresas decidiram nada fazer para economizar alguns trocados no pagamento de despesas de táxi e hotel”.

No pronunciamento a Abag voltou a lembrar que esse debate sobre aumento de números de voos e a ampliação do terminal de passageiros, ocorre a algum tempo, porém é inviável já que o aeroporto de Congonhas só tem uma única pista para realizar todas as operações, e mesmo se recorresse a pista auxiliar, o tráfego simultâneo violaria as diretrizes de segurança da companhia aérea.

 

Foto destaque: Vista da janela de um avião para a pista de voo Reprodução/Hotelier News

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