Em operação surpresa realizada na noite de quarta-feira (25), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) desativou 150 servidores utilizados na transmissão de jogos de futebol, demonstrando sua determinação em combater essa prática. Desde fevereiro, mais de três mil servidores foram bloqueados, interrompendo o funcionamento das TV Box usadas de forma ilegal.
As ações da Anatel têm sido incisivas contra as transmissões de TV pirata no Brasil, bloqueando 80% dos aparelhos de TV Box ilegais que clandestinamente transmitiam o sinal das diversas operadoras de TV a cabo.
Aparelho de TV box (Foto: Reprodução/Den Rozhnovsky/Shutterstock)
O órgão regulador estima que cerca de 7 milhões desses dispositivos estavam em uso ilegal no país, representando uma ameaça tanto para a indústria de telecomunicações quanto para a segurança dos usuários.
Trabalho da Anatel no combate à pirataria
No entanto, o trabalho de bloqueio não é uma tarefa fácil. A Anatel ressalta que os sistemas ilegais estão em constante evolução, atualizando-se para contornar as medidas de bloqueio e garantir a continuidade das transmissões.
Para enfrentar essa constante mutação, a agência inaugurou recentemente um laboratório antipirataria. Nesse espaço de alta tecnologia, técnicos conseguem rastrear aparelhos de TV Box irregulares e interromper suas transmissões.
Laboratório antipirataria. (Vídeo: Reprodução/YouTube/@JornaldaRecord)
O laboratório tem a capacidade de analisar até 100 servidores simultaneamente, transmitindo as ações em 12 telões e permitindo que os técnicos interrompam o sinal ilegal.
Para a Anatel, essa ação enérgica representa um passo importante na garantia de proteção das transmissões de TV a cabo legais e da segurança dos usuários. A agência diz que continuará a combater a pirataria, adaptando-se às diversas táticas que os infratores desenvolvem e promovendo a conscientização sobre os riscos associados ao uso de dispositivos ilegais.
Riscos da TV pirata
É importante ressaltar que o uso de aparelhos de transmissão de TV pirata é ilegal e representa um risco considerável para os usuários. Além de não serem autorizados pela Anatel, esses dispositivos podem ser usados para roubar dados pessoais dos usuários, como senhas e informações bancárias.
O coordenador do combate à pirataria na Anatel, Moisés Moreira, alerta para os perigos envolvidos, destacando a importância de os usuários evitarem esses serviços mais baratos, mas clandestinos, que ameaçam as redes do país e a segurança individual.
Foto destaque: Anatel (Reprodução/Agência Nacional de Telecomunicação)