Após ser vista por mais de 140 mil pessoas em São Paulo e passado por Paris, Londres e Roma, “Amazônia”, a mais nova exposição de Sebastião Slagado, chega na nesta terça-feira, dia 19, ao Museu do Amanhã, no Rio.
As principais motivações do fotógrafo Sebastião Salgado para se dedicar ao projeto que deu origem à exposição ”Amazônia”, foi o encantamento com a floresta, povos indígenas e a importância de um alerta da população e governo sobre o desmatamento e violência que esse ambiente e povos enfrentam.
Em entrevista ao g1, ele compartilhou como viu a floresta amazônica sendo destruída em muitas de suas viagens desde a década de 1980, “Senti nesses anos, inclusive, uma mudança climática“, conta o fotográfo.
Sebastião também falou da sua relação de admiração com os povos indígenas, seus protetores na floresta. “Eles têm um conhecimento fantástico da floresta. Eles têm uma relação completamente diferente da nossa com a natureza. Eles são parte da biodiversidade.“
Fotografia faz parte da mostra ”Amazônia” (Foto: Sebastião Salgado/Divulgação)
A exposição foi idealizada por Lélia Wanick Salgado, esposa do fotógrafo, que assinou o arquivo. No total, foram exibidas 194 fotografias em preto e branco da floresta e dos indígenas e está prevista para ficar no Museu do Amanhã até dia 29 de janeiro de 2023, de terça a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$30,00 (nas terças-feiras a entrada é franca)
Quem é Sebastião Salgado
Sebastião Salgado nasceu no município de Aimoré, no interior de Minas Gerais, em 8 de fevereiro de 1944. Atualmente reside em Paris, na França. Pouca gente sabe, mas antes de fotógrafo ele é Economista. Se formou pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e fez mestrado pela Universidade de São Paulo (USP) em 1967, ano em que a ditadura já havia começado no Brasil, e também o ano em que se casou com a pianista Lélia Deluiz Wanick, que é sua companheira até hoje.
Em 1973, Sebastião Salgado passa a ser um fotojornalista independente. Passou por agências de fotógrafos como Sygma, Gamma, e Magnum. Mais tarde abriria sua prórpia agência de fotografia, a Amazonas Images. No início da década de 80, foi encarregado de cobrir a posse e primeiros 100 dias de governo do presidente Ronald Reagan, nos Estados Unidos – o que possibilitou documentar um atentado à tiros cometido por John Hinckley Jr., que tentara assassinar o então presidente.
Em uma entrevista para o Conversa com Bial, ele dá detalhes dos bastidores dessa foto. Fala, inclusive, que foi esta imagem que o projetou para o mundo como fotógrafo documental, pois enquanto todo mundo corria, ele se aproximava da cena do crime para fotografar.
Foto Destaque: Divulgação/Amazon Images