Bancos não perdem dinheiro com o Pix, declara Campos Neto

Sara Corrêa Por Sara Corrêa
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O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (11) que não é verdade que os bancos estão perdendo dinheiro com o Pix.

O Pix é um meio de pagamento eletrônico instantâneo e gratuito oferecido pelo Banco Central a pessoas físicas e jurídicas, sendo o mais recente meio de pagamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro. Ele está disponível 24 horas por dia, e a expectativa é que ele substitua as operações com taxas, conhecidas como DOCs e TEDs.

De acordo com Campos Neto, que compareceu a um evento promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), as instituições financeiras participaram do desenvolvimento do sistema financeiro. Ele acrescentou dizendo que os bancos podem até perder receitas com transações, mas ganham dinheiro com outros serviços impulsionados pelo Pix, como as novas aberturas de contas bancárias e pela menor circulação de papel moeda.

“Eu quero já dizer que não é verdade que os bancos perdem dinheiro com o Pix. Inclusive, a gente deve, em algum momento, soltar algum tipo de estudo mostrando isso. Você tem uma perda de receita em transferência, mas, por outro lado, novas contas são abertas, novos modelos de negócio são gerados, você retira dinheiro de circulação, o que é um custo enorme para o banco, você aumenta a transação, então o transacional aumenta”, afirma o presidente do BC.


Presidente do Banco Central do Brasil faz declaração sobre o Pix. (Foto:Divulgação).


Durante a construção do sistema, os bancos entenderam que todos teriam lucro, conhecido como “ganha-ganha”. As próprias instituições financeiras ajudaram a divulgar a ferramenta.

 “O sistema foi construído por todo o sistema financeiro. Os bancos ajudaram muito, botaram propaganda bonita, fizeram um marketing muito bom” ressaltou Campos Neto.

Um avanço do sistema que permita pagamentos offline via Pix foi defendido pelo presidente do BC. O recurso ainda está em desenvolvimento, e sem data para lançamento. “A gente quer ‘bancarizar’, a gente quer competição com inclusão, não é sobre se está ganhando ou está perdendo, todo mundo está ganhando.”

Foto destaque. Presisdente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Reprodução/Febraban.

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