O ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro, tem o risco de se tornar inelegível e perder a oportunidade de disputar as eleições em 2026.
Bolsonaro responde no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por inúmeros processos, com isso, há a possibilidade de não poder tentar ser reeleito. O atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, entregou ao TSE a perícia feita na minuta de um decreto golpista encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da justiça de Bolsonaro, pela Polícia Federal. De acordo com o Jornal O Globo, perícias indicam a quem pertencem as digitais no documento.
Bolsonaro (Reprodução/FolhaPE)
Segundo apuração, o documento, autorizava o ex-presidente a declarar estado de defesa nas sedes do TSE para mudar o resultado da eleição presidencial em 2022, de acordo com PDT a minuta seria um “embrião gestado com pretensão a golpe de Estado” o que contribui com “os argumentos que evidenciam a ocorrência de abuso de poder político tendente promover descrédito a esta Justiça Eleitoral e ao processo eleitoral, com vistas a alterar o resultado do pleito”.
Anderson Torres prestou depoimento no âmbito da ação do TSE em uma quinta-feira de março (16). Na defesa, afirmou que a minuta de golpe que foi encontrada em sua residência, não passa de “um texto folclórico”, também declarando como “lixo” e “loucura”. Torres acabou mantendo a versão do depoimento apresentado à Polícia Federal, alegando que desconhece a origem do documento, e dizendo que algum empregado pode ter colocado a “minuta do golpe” em alguma estante de sua casa.
Em uma pesquisa feita pelo PL, em março, nove entre 10 aliados do capitão acreditam que a inelegibilidade já é algo inevitável. O processo já está chegando ao fim, e, tecnicamente, a partir de sexta-feira (07), Benedito Gonçalves, ministro relator, já irá preparar seu voto para submeter ao plenário da corte, porém, como os prazos processuais ficarão suspensos por 10 dias por conta da semana santa, irá contar o dia 10 de abril.
De acordo com a colunista e jornalista do Uol, Thaís Oyama, advogados e entendedores da situação, Bolsonaro será considerado inelegível por 5 votos a 2.
Foto Destaque: Jair Bolsonaro. (Reprodução/BR Investing)