Bolsonaro irá sanar decreto da posse de armas somente se reeleito

Alexandre Muniz Por Alexandre Muniz
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Nesta terça feira, 6 de setembro, o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) deu declaração condenando a decisão do ministro do STF, Edson Fachin, de revogar a autorização do Executivo para a aquisição de armas e munições por cidadãos comuns. O processo solicitado pelo ministro Kassio Nunes (STF) estava em tramite desde 2021, e segundo Fachin foi posto em vias de fato, no plenário, pela urgência da proximidade das eleições.

Não concordo em nada com o senhor Fachin. Peço que quem está assistindo que acredite em mim. Acabando as eleições, a gente resolve essa questão dos decretos em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Encerrou por aqui o assunto dos decretos. Acabando as eleições e eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas”, disse Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan News.


 

Luiz Edson Fachin (Foto: Reprodução/Lula Marques/JovemPam)


Jair condenou ainda o fato de pessoas longe dos centros urbanos não poderem mais adquirir uma arma de fogo, e segundo ele, a sentença irá exacerbar os problemas recorrentes de segurança pública no Brasil, dando vantagens a criminosos em detrimento dos cidadãos comuns, que novamente não terão como se defender de quaisquer ameaças a sua familia e propriedades.

Ainda em entrevista a Jovem Pam News, Bolsonaro criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): “O Alexandre de Moraes… quantas vezes nós conversamos e alguns dias depois ele volta ao que era antes. Ele levou o convite para mim para a posse. Fui na posse. Foi um discurso pesado. E o que aconteceu logo depois? Ele continua tomando medidas. Esses inquéritos dele, acho que é consenso, são inquéritos completamente irregulares, ilegais, inconstitucionais. Você para ser democrata tem que seguir a Constituição e respeitar as leis. Nenhuma lei foi respeitada nesses inquéritos”, concluiu o presidente.

Foto destaque: Presidente Bolsonaro critica ministros e novos decretos. Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

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