Celular de Anderson Torres é acessado pela Polícia Federal

Davi Barcelos Por Davi Barcelos
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Investigadores da Polícia Federal conseguiram acessar as informações do celular do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres. Ele está preso desde o dia 14 de janeiro em Brasília, acusado de negligenciar os atos terroristas do dia 8 de janeiro. 

Anderson estava de férias na Flórida, Estados Unidos, no dia que os ataques ao Congresso Nacional ocorreram. Assim, que retornou ao Brasil e se entregou a polícia, ele alegou que não estava com o celular e no depoimento, disse que tinha perdido ele. Logo, a Polícia Federal conseguiu autorização da empresa contratada pelo ex-ministro para acessar os dados que estavam em nuvem, e assim, obter as informações necessárias. 

A Polícia Federal estava interessada em buscar informações sobre a atuação do ex-ministro durante os ataques golpistas e também estavam atrás de dados sobre a minuta golpista, esboço de um decreto que instauraria estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e alteraria o resultado das eleições. Essa minuta foi encontrada na casa de Torres, porém, a PF disse que não foi encontrada informações relevantes no celular de Torres. 


Jair Bolsonaro junto com o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres (Foto: Reprodução/folha)


Anderson Torres deixou o cargo de Ministro da Justiça no dia 31 de dezembro e logo depois assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, nomeado pelo governador Ibanes Rocha (MDB). Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e especialistas do setor jurídico, aconselharam Ibanes a não nomear Torres para ser secretário do DF.

No dia 8 de janeiro, apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram a Praça dos Três Poderes e destruíram a sede do poder executivo, judiciário e legislativo, deixando uma destruição irreversível. A Polícia Militar do DF, que era comendada por Torres, foi negligente e não conteve os golpistas, que conseguiram invadir e vandalizar o Congresso Nacional. 

No dia 9 de janeiro, o governador do DF, Ibanês Rocha (MDB), foi afastado do cargo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, por 90 dias. Além disso, Anderson Torres passou a ser investigado no inquérito dos ataques terroristas do dia 8 de janeiro. 

Foto destaque: Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres Reprodução/poder360

 

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