É esperado um grande número de mortos com a passagem do ciclone Mocha. Há mais de uma dezena de pessoas desaparecidas. Equipes de socorro, bombeiros e voluntários procuram minimizar os estragos e salvar maior número de vítimas possível. Serviços humanitários começam com distribuição de alimentos e água.
Ciclone Mocha Foto Agência Brasil
“Não podemos dizer um número exato, mas sabemos de uma pequena aldeia com a qual nos conectamos hoje, onde fornecemos banheiros e bombas manuais de água no ano passado. Aquela aldeia foi totalmente destruída pelo ciclone e pelo menos 20 pessoas perderam a vida lá”, disse. Brad Hazlett, presidente da organização não governamental Partners Relief and Development.
No último domingo (14) o ciclone Mocha atingiu a categoria máxima (5) e a chegou até Mianmar e Bangladesh, no golfo de Bengala, não causando grandes danos nos campos de refugiados, já no oeste birmanês houve uma forte tempestade.
A costa do oeste do Oceano Índico são frequentemente atingidos pelos furações no Atlântico e tufões no Pacífico, o perigo de morte é grande para os milhares de moradores dessa região. É difícil mensurar as perdas e vítimas e os estragos diante desse caos, mas conforme o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas informou domingo (14), “as primeiras informações indicam danos significativos“, informou no domingo o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).
Postes de energia elétrica e barcos de pesca foram destruídos pelo vento que chegou até a 195 km/h, registrado feito pelo departamento meteorológico de Bangladesh, país da Ásia Meridional.
Homens passam na frente de rua devastada pelo ciclone Mocha em Mianmar — Foto: Associated Press
“Tinha aqui uma loja. A loja foi destruída pela tempestade. Tenho uma horta de nozes de bétele, mas também foi destruída. Já vi os ciclones de 1991 e 1994, mas o de hoje foi mais perigoso”. Informou Abdur Rahim, comerciante.
As comunicações ficaram danificadas com o ciclone, até segunda-feira (15), os sites de rastreamento de ciclone notificaram não terem sido restabelecidas.
Foto Destaque: Campos de refugiados em Cox’s Bazar, na fronteira entre Bangladesh e Mianmar / REUTERS/Mohammad Ponir Hossain