Nos próximos quatro anos de seu governo, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, do partido dos trabalhadores (PT), irá enfrentar o desafio de tornar a atuação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) efetiva novamente.
Para a comunidade científica o novo governo pode representar um respiro, a área foi a mais atingida por cortes de verba do Governo Federal nos Últimos anos.
A expectativa é de que o novo governo dê atenção para bolsas de pesquisa,que podem completar 10 anos sem reajuste, no primeiro ano do terceiro mandato de Lula.
Em entrevista ao portal G1, especialistas apontam as seguintes prioridades para a nova gestão:
Desbloqueio das verbas do fundo nacional de desenvolvimento científico e tecnológico (FNDCT);
Recomposição do orçamento e da gestão dos órgãos ligados ao MCTI;
Novas estratégias para o desenvolvendo científico e tecnológico;
Reajuste das bolsas de pesquisa.
Os cientistas e pesquisadores enxergam a vitória de Lula de maneira otimista, e esperam que o novo governo possa representar um respiro a área das ciências e tecnologia, segundo eles, ter dinheiro é o fundamental para que os investimentos na área não fiquem estagnados.
Lula discursou durante a 74ª Reunião anual para o progresso da ciência (Reprodução/Ricardo Stckert)
“As evidências apontam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ter um olhar muito aguçado para educação e ciência, porque ele já fez isso”, afirma Helena Nader, presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e professora da Unifesp.
Renato Janini, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, relembra com otimismo os últimos governos do político, afirmando que Lula tem em seu favor o fato de ter governado muito bem na área da ciência, tecnologia e inovação, porém Janini é realista, “O que ele vai fazer agora é complicado, porque nós estamos em uma situação econômica desastrosa”,lamenta.
A maior preocupação dos especialistas é com o FNDCT,que sofreu um bloqueio até 2026 evido a uma medida provisória (MP) assinada pelo Presidente Jair Bolsonaro em agosto desse ano.
Foto destaque: Cientistas (Reprodução/Pexel)