O governo dos Estados Unidos acusou hoje, quinta-feira (10), a Coreia do Norte de realizar testes em mísseis intercontinentais nucleares nos dias 26 de fevereiro e 4 de março. Segundo fontes na Casa Branca o objetivo era de testar “elementos de um novo sistema balístico. estes movimentos foram classificados como “grave escalada”, causando mais tensão na já conturbada situação coreana do norte e sul.
“Estes lançamentos buscam certamente testar os elementos desse novo sistema antes que a Coréia do Norte proceda para um lançamento de longo alcance, que poderia tentar mascarar como se fosse um lançamento espacial” disse um alto funcionário da Casa Branca.
O que disse a Coréia do Norte?
O governo norte-coreano garantiu que os lançamentos realizados no final de fevereiro e início de março eram testes para desenvolvimento de satélites, já que Pyongyang está impedida pela lei internacional de desenvolver mísseis balísticos e armas nucleares.
A fonte, que permaneceu anônima, ainda afirmou que os Estados Unidos anunciarão nesta sexta-feira medidas para “impedir que a Coréia do Norte tenha acesso a produtos e tecnologias que ajudem a desenvolver programas de armas proibidas”. Além disso, ele também disse que outras ações serão tomadas nos próximos dias.
As negociações entre Kim Jong Um e os EUA estão paralisadas. (foto: reprodução/UOL)
Apesar de ser alvo de sanções internacionais por conta dos testes nucleares, Pyangyang, capital da Coréia do Norte, recusou todas as ofertas de diálogo até o momento. As negociações com o líder Kim Jong Um estão sendo tentadas desde 2019 ainda durante o governo Trump, mas todas fracassaram até o momento.
Em um comunicado oficial um porta-voz norte-coreano defendeu o direito da Coréia do Norte de reforçar suas armas e disse que seu “desenvolvimento recente de um novo tipo de arma era apenas parte de seus esforços para modernizar sua capacidade de defesa nacional”.
Para lembrança
Ainda em janeiro deste ano a Coréia do Norte lançou diversos testes nucleares, incluindo o míssil mais potente do país desde 2017. Ação que foi condenada por Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.
Foto destaque: reprodução/ Metroples