Com os avanços da COVID-19, a preocupação para com a saúde da população é assunto crescente no debate público. Recentemente, desde que a variante Ômicron começou a despontar como uma ameaça, a discussão se estendeu à idealização de uma campanha vacinal voltada a crianças.
Como se o assunto já não tivesse causado polêmica o suficiente em relação ao controle da doença entre a população adulta e/ou idosa, a possibilidade de ampliar o alcance de sua neutralização parecia ainda distante para o país. No entanto, o ministro da saúde Marcelo Queiroga, que sucedeu a gestão conturbada de Eduardo Pazuello a partir deste ano, disse ter interesse em permitir esse avanço desde que certas medidas sejam acatadas.
Primeiramente, a faixa estabelecida será entre as idades de 5 a 11 anos. Será necessária a prescrição de um profissional da área médica, além do consentimento e responsabilização dos pais.
Adolescente é vacinado em Dublin, Irlanda. Foto: Reprodução/BBC
A própria vacina deverá também se submeter a diferenças essenciais à aplicada entre outros grupos. O Governo Federal deverá comprar dosagens e frascos diferentes em uma versão especial do produto, mas o princípio ativo do medicamento é o mesmo.
Segundo o G1, “a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos”.
É importante reiterar que a deliberação é uma mudança significante no discurso do ministro, que havia insistido em não haver emergência para tal movimento por parte das autoridades. Ainda com base no que foi dito à plataforma citada acima, o ministro havia afirmado:
“Os óbitos de crianças estão dentro de uma patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, isso aqui favorece que o ministério tomar uma decisão baseada em evidência científica de qualidade, na questão da segurança, na questão da eficácia e da efetividade”
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A publicação oficial a respeito da nova posição ainda não foi publicada.
Foto Destaque: Marcelo Queiroga em entrevista a TV Tem. Foto: Reprodução/TV Tem/G1