O ex-primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que o presidente russo Vladimir Putin é “efetivamente um criminoso de guerra”, em entrevista à CNN, e frisou que o Reino Unido “deve fazer nossa parte economicamente, assim como as forças armadas ucranianas estão fazendo sua parte militarmente“.
Cameron sugeriu que Estados Unidos, Grã-Bretanha, países europeus e outros, não participem da próxima cúpula do G20 em novembro, na Indonésia, caso Putin for chamado e comparecer ao evento.
“É impensável, você sabe, um presidente americano ter que se sentar ao lado de alguém que é efetivamente um criminoso de guerra. Que está bombardeando e bombardeando indiscriminadamente civis em suas casas, escolas e hospitais”, disse ele a John Berman, da CNN.
Cameron indica ajuda do Reino Unido à Ucrânia, incluindo a pressão sobre a Rússia com sanções.
Presidente dos EUA, Joe Biden, há quase duas semanas atrás disparou declarções contra o presidente da Rússia, Putin. (Foto: Drew Angerer/Getty Images)
O ex-primeiro-ministro revelou que, durante seu tempo no cargo, viu o presidente Putin “mentir descaradamente”. Ele ainda disse que a comunidade internacional deveria “julgar a Rússia por seus atos, não acredite nas palavras de Putin”.
“Lembro-me de que ele mentiu sobre a presença de tropas russas em Donbass em 2014”, afirmou Cameron. “Outra ocasião foi sobre o destino do avião da Malaysian Airlines MH17 que foi abatido sobre a Ucrânia”, acrescentou.
Cameron se impõe contra Putin quase duas semanas depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, também o chamou de “criminoso de guerra”.
O Kremlin considerou a declaração de Biden como “imperdoável vindo do líder de um país que matou civis durante conflitos em diversas partes do mundo”.
Outros líderes ocidentais seguem outra forma de reação contra o conflito contra a Ucrânia. O atual primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, por exemplo, disse que as ações da Rússia se qualificam como “crime de guerra”, mas ele não afirmou que Putin é um criminoso de guerra.
Foto em destaque: Putin é chamado de criminoso de guerra novamente, dessa vez, pelo ex-primeiro-ministro britânico, David Cameron. (Reprodução/CNN)