Especialista diz que o risco da criança estuprada morrer pela gravidez cresce

Diellen Grisante Por Diellen Grisante
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O caso envolvendo a criança de 11 anos que foi vítima de estupro e teve o aborto negado por um hospital e pela justiça de Santa Catarina, foi levada para um abrigo por ordem judicial para que não aconteça o procedimento.

A vítima descobriu a gestação só depois de 22 semanas, a responsável legal pela menor levou a um hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, em Florianópolis (SC), para o aborto, a unidade não realizou alegando que só poderia ser feito em uma gestação de até 20 semanas. A juíza Joana Ribeiro Zimmer em uma entrevista para o diário catarinense afirma que não é contra o aborto, mas que o procedimento “passou do prazo”.


Menina de 11 anos engravidou após ser estuprada e teve o aborto negado ( Foto: Reprodução/Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)


A ginecologista Helena Paro, coordenadora do serviço de Aborto legal Paro, informa que o risco da criança de 11 anos vítima de estupro morrer durante a gravidez aumenta 38% a cada semana.

“Os riscos de uma gravidez para uma menina de 14 anos chega a ser cinco vezes maior do que em mulheres entre 20 e 24 anos de idade “, afirma. 

Segundo a ginecologista Rejane Santana, uma criança de 11 anos não está preparada fisicamente e nem mentalmente para o desenvolvimento de uma gestação sem que possa trazer problemas à sua saúde.

Especialistas afirmam que o termo aborto legal, usado pela medicina é um procedimento de interrupção de gestação autorizado pela legislação brasileira e que deve ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A lei também garante que as vítimas de estrupo não precisam de autorização judicial em qualquer idade gestacional, quando há risco de vida da gestante e quando se tem algum diagnóstico de anencefalia do feto.

Foto de destaque: Juíza nega aborto a menina de 11 anos vítima de estupro ( Foto: Reprodução/Shutterstock)

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