A nova gestão da Petrobras vem se reunindo com o novo governo para discutir uma mudança na política de preços da estatal. Esta seria uma das mudanças proposta pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deseja pôr em prática para conter os aumentos no preço do etanol e da gasolina para o consumidor final.
Foto: A medida visa conter o impacto das mudanças do dólar e do petróleo com as alterações externas. (REPRODUÇÃO/ gettyimages.com)
Uma das medidas proposta pelo chefe do executivo é acabar com a Paridade de Preços de Importação (PPI), medida criada no ano de 2016, que considera a cotação do dólar e do petróleo para 100% do preço no mercado internacional. Essa nova proporção atenuaria o impacto das flutuações do dólar e do petróleo.
A nova proposta seria a de considerar que 85% do cálculo, seja feito levando em conta os custos de produção nacional e que os outro 15%, fossem pareadas as cotações do mercado internacional. Com isso, a nova medida iria conter o impacto das mudanças do petróleo e do dólar com as alterações externas.
Mesmo a Petrobras registrando um lucro recorde de R$ 188,328 bilhões em 2022, a petroleira anunciou um pagamento de dividendos de R$ 2,74 por ação, referente ao quarto trimestre o equivalente a R$ 35,8 bilhões. O governo federal como acionista majoritário, quer encontrar uma maneira de fiscalizar a politica de paridade no exterior.
A proposta vem ganhando força após o Ministro da Fazenda Fernando Haddad, ter anunciado na última Terça-feira (28), o retorno dos tributos federais referente ao Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS / Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre a gasolina e o etanol. O fim da isenção destes impostos, gerou um acréscimo no valor da gasolina de R$ 0,47 por litro e o etano subiu R$ 0,02. Gerando um impacto final para o consumidor de R$ 0,34 por litro abastecido.
O tema é considerado de difícil solução dentro da Petrobras, uma vez que se busca a adoção de uma regra dentro dos parâmetros de mercado, que venha amortecer a turbulência em momentos de maior oscilação no mercado internacional. No entanto o assunto ainda deve ser debatido apenas depois de uma assembleia geral dos acionistas, marcada para o dia 27 de abril e que o tema será discutido no Conselho de Administração da empresa.
Foto destaque: A ideia é conter os aumentos no preço do etanol e da gasolina para o consumidor final. (Reprodução/ gettyimages.com).