A Usina Nuclear de Zaporizhzhia, que fica no território ucraniano, foi desconectada da rede de energia elétrica devido à frequência dos bombardeios russos na região. O comunicado veio nesta segunda-feira (17), pela empresa responsável por manter vigilância sobre a energia atômica ucraniana, a Energoatom.
Enterprise National Nuclear Energy Generating Company – Energoatom. (Foto: Reporudução/Ukrinform)
A recorrência de bombardeios aos arredores da maior usina nuclear da Europa é preocupante para as lideranças internacionais. Desde que a força russa ocupou a região, autoridades alertam sobre uma possível catástrofe global.
O comunicado da agência de energia atômica ucraniana, a Energoatom informou, nesta manhã, que “terroristas russos mais uma vez bombardearam subestações de infraestrutura crítica em território controlado pela Ucrânia”. Portanto, resultou no desligamento da última linha de comunicações de 750 kV ZNPP-Dniprovska às 03h59.
Logo no início dos conflitos armados entre Rússia e Ucrânia, em 24 de fevereiro, a atenção sobre a Usina ficou cada vez mais em alerta. O clima de tensão sobre possíveis confrontos na região vem sendo pontuado por instituições globais.
A guerra segue ganhando comoção global. Manifestantes e defensores do fim do conflito dão apoio para a Ucrânia por meio dos veículos de comunicação.
Catástrofe de Chernobyl, 1986. (Foto: Reprodução/Michael Kötter)
Estima-se que um desastre na Usina de Zaporizhzhia tem a capacidade causar um estrago dez vezes maior do que a Catástrofe de Chernobyl, que aconteceu em 1986, nos Estados Unidos.
No início deste mês, o presidente russo Vladimir Putin assinou um decreto a fim tomar posse da maior usina nuclear da Europa. No documento, Putin odena que a Usina Nuclear de Zaporizhzhia se torne “propriedade federal” da Rússia. A força russa já ocupou todo o território da empresa, que fica no sul da Ucrânia. O sistema de funcionamento da instituição, porém, segue com a operação de trabalhadores da Ucrânia.
Foto Destaque: Guerra Rússia x Ucrânia: Usina nuclear é desconectada devido aos bombardeios russos. Reprodução/DW