Na manhã desta terça-feira (18), um incêndio que ocorreu no Lar Paulo de Tarso, abrigo localizado na Zona Sul do Recife, matou uma menina de 3 anos.
O número de mortes do acidente subiu para 5, sendo quatro crianças e uma cuidadora de 62 anos, que trabalhava no local no momento da tragédia.
A criança de 3 anos não teve o nome divulgado, mas foi encaminhada para o Hospital da Restauração, no centro de Recife, e acabou não resistindo devido ao quadro de agravamento do estado de saúde. Outras três crianças que ficaram feridas “apresentaram melhora clínica, deixaram a ventilação mecânica e já respiram espontaneamente”, segundo o Hospital. Todas as 5 vítimas estão na UTI.
A cuidadora de 62 anos, Margareth da Silva, foi a primeira pessoa morta que teve o nome confirmado após o incêndio. Adjair Silva, filho da vítima, afirmou que ela trabalhava no abrigo há mais de dez anos.
O motivo do incêndio, segundo a perícia, foi um curto-circuito no ventilador que ficava na parede da sala. O Instituto de Criminalística (IC) descartou a possibilidade de o incêndio ter sido causado propositalmente, informando que foi uma pane elétrica.
Vídeo oficial do site do abrigo contando a história da instituição. Vídeo: Reprodução/Youtube
Sobre o Abrigo
Localizado no bairro IPSEP, em Recife, o “oásis de esperança”, assim chamado, foi fundado em 27 de maio de 1991.
O Lar Paulo de Tarso é um espaço familiar que recebe crianças e adolescentes encaminhados pelos Conselhos tutelares e pelo Juizado da Infância e Juventude. Ao chegarem lá, os menores recebem educação integral e, também, a promoção do desenvolvimento biopsicossocial e espiritual.
A instituição evita usar a palavra ‘abrigo’, trocando-a por lar, para que as crianças e adolescentes não se sintam deslocadas nos convívios sociais.
Os jovens, no entanto, permanecem no local até conseguirem voltar para a família de origem, ou para famílias substitutas, através do processo de adoção, guarda ou tutela.
Foto em destaque: Reprodução