Na próxima quarta-feira (21), o inverno chegará ao país com bastante intensidade, sendo marcado por chuvas volumosas e temperaturas acima da média. A previsão é de que isso ocorra, principalmente, nas regiões Norte, Nordeste e Sul do país, por serem áreas que sofrem mais impactos do fenômeno meteorológico El Niño, que eleva as temperaturas.
Na região Sudeste, espera-se um aumento de um 1°C a 2°C acima do índice normal de temperatura, o que pode parecer pouco, mas implica em temperaturas maiores do que os valores comuns para o trimestre (junho, julho e agosto).
No entanto, segundo o meteorologista do Cepagri/Unicamp, Bruno Kabke Bainy, a região Centro-Sul do país, até o final do mês de junho, deve permanecer com temperaturas abaixo da média, por conta da potente massa de ar polar que teve influência no clima nacional durante a última semana.
Já na região Sul, espera-se grandes volumes de precipitação, principalmente nas áreas entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com chuvas de 50 até 100 milímetros acima da média.
No Norte e Nordeste do Brasil, em especial na região equatorial norte, é provável que tenha a presença das secas, também influenciada pelo El Niño, pois o fenômeno dificulta a passagem de frentes frias para além do sul do país.
Mapa representando os efeitos do fenômeno El Niño no país. (Foto: Reprodução/Universidade Federal de Alagoas)
E, na região Sudeste, espera-se um inverno com temperaturas mais quentes em relação à média da época, mas isso não significa que haverá um calor como no verão.
Bruno Bainy, meteorologista da Unicamp, afirma que esse período “é a época da passagem de frentes frias, mas o impacto deve ser menor ou menos duradouro do que uma situação mais típica”.
Nas demais áreas do país, a previsão sazonal de chuvas ainda é inconclusiva, sem indicativos de anomalias alarmantes, tanto para chuvas muito acima ou abaixo da média.
Ainda de acordo com Bainy, no mês de julho, os dias voltarão a ter mais horas de duração, com as temperaturas subindo pouco, em relação a junho. Já em agosto, haverá uma elevação mais relevante, por conta da aproximação da primavera.
Foto destaque: Previsão do tempo para o inverno. Reprodução/G1