Investigação sobre o povo Yanomami é visto como ameça de prisão para Bolsonaro

Franklyn Santiago Por Franklyn Santiago
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O ex-presidente, Jair Bolsonaro, admite em entrevista ao Wall Street Journal que as investigações sobre o genocídio do povo Yanomami, e possíveis omissões por parte do governo e das autoridades responsáveis são sua maior ameaça de prisão.

Ainda em janeiro, Luís Roberto Baroso, Ministro do STF, determinou que um inquérito seja aberto para qua haja uma investigação sobre a situação em que se encontra o povo Yanomami. Membros do governo Bolsonaro estão entre os investigados, e segundo o ministro há indícios de omissão por parte das autoridades, como a falta de controle de tráfego aéreo na região indígena, que fica em Roraima.


Povo Yanomami está sofrendo uma crise humanitária. (Foto:Reprodução/URIHI – Associação Yanomami)


Segundo uma fonte, aliados de Bolsonaro o alertam que a crise vivida pelo povo indígena Yanomami não é o principal motivo para o ex-presidente se preocupar, já que não é o principal dentre os desgastes políticos. Há também uma ampla documentação registrando a maneira como o governo lidou com a situação e suas atitudes diante do que acontecia, e o temor dos aliados de Jair Bolsonaro é que essas documentações possam gerar punições ou até mesmo à prisão de quem estiver envolvido.

Ainda de acordo com essa fonte, os aliados do ex-presidente tentam terceirizar as responsabilidades de seus atos, em uma tentativa de restringir as consequências aos acessores de Bolsonaro, como Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga (ex-ministros da Saúde), Braga Neto (ex-ministro da Casa Civil) e Damares Alves (ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos).

Outra ameaça o ex-presidente são as ações do TSE. A corte decidiu manter a minuta do golpe (documento de teor antidemocrático encontrado na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça) para a investigação do abuso de Bolsonaro sobre o poder político e econômico. Espera-se que tais ações levem o nome de Jair Bolsonaro à ilegebilidade.

 

Foto destaque: Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto. Reprodução/Mauro Pimentel/AFP

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