Neste domingo (17), o coronel Moshe Tetro do Ministério de Defesa de Israel comunicou que foram enviados 470 caminhões de ajuda para a fronteira de Rafah, no Egito, com destino final a Faixa de Gaza. A medida foi autorizada na sexta-feira passada (15), após o governo dos EUA pressionar Israel para reabrir a passagem de Kerem Shalom que fica na fronteira entre Egito, Israel e Gaza. A passagem estava fechada desde 7 de outubro devido ao ataque do Hamas.
Um dos caminhões de ajuda da ONU enviada a Gaza na entrada de Rafah, no Egito (Foto: reprodução/ EFE/ EPA/ Ali Moustafa/ BBC News Brasil)
Acordo com os EUA
Tetro diz que essa resolução aumenta a entrada de ajudas internacionais para a Faixa de Gaza e diminui o congestionamento em Rafah. A decisão de abrir novamente a fronteira foi devido ao acordo de reféns negociado no mês passado e uma das exigências era abrir essa passagem para garantir a chegada de 200 caminhões de alimentos e ajuda por dia, pensando na alternativa mais rápida pois em Rafah, no Egito, só é permitido a passagem de 100 caminhões por dia. O gabinete do primeiro-ministro Israelense, Binyamin Netanuahu, disse que a abertura indica que Israel irá manter seus compromissos com o acordo estabelecido com os EUA, seu principal aliado na guerra contra o Hamas.
Prioridade é povo de Gaza
Segundo publicação no X pelo Cogat, orgão militar israelense que coordena as atividades de ajuda humanitária em Gaza, 122 caminhões já foram inspecionados e enviados a Gaza neste domingo (17) ainda por Rafah e 79 foram enviados via Kerem Shalom totalizando 201 caminhões em Gaza. Tetro ainda diz na publicação que a guerra deles não é contra o povo de Gaza e sim contra Hamas. O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse que essa decisão é uma grande conquista e um passo significativo para aumentar o nível de ajuda na distribuição de ajuda humanitária em Gaza.
Foto destaque: caminhão de ajuda humanitária com bandeira da ONU a caminho de Gaza (Reprodução/Ibraheem Abu Mustafa/REUTERS/CNN Brasil)