Key Alves pode ser intimada para depor sobre assassinato do lutador Leandro Lo

Yngrid Horrana Por Yngrid Horrana
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A jogadora de vôlei e influenciadora digital Key Alves, do Big Brother Brasil 23, pode ser intimada para depor no tribunal a respeito do assassinato do ex-campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo. O pedido foi entregue à Justiça, pelo advogado do suspeito de ter cometido o crime, na última segunda-feira (6). 

O caso veio à tona após a participante da Casa mais vigiada do Brasil confessar ao participante Cara de Sapato que testemunhou o caso, no último sábado (4). “Foi na minha frente, eu vi tudo”, afirmou a jogadora de vôlei. O participante, que é influenciador digital, era amigo do lutador.

Desde a confissão, amigos e familiares da vítima do crime, Leandro Lo, passaram a se mobilizar na internet, apontando a participante como uma peça fundamental para a conclusão do processo. “Esperamos seu depoimento para que este assassino apodreça na cadeia”, disse um amigo do ex-campeão nas redes sociais.

Diante das “graves e inéditas afirmações trazidas pela participante KEY ALVES, requer seja a mesma intimada – com urgência – para ser ouvida na condição de testemunha nos presentes autos”, declarou o advogado Claudio Dalledone Jr, em requerimento enviado à Justiça.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP), no entanto, afirmou que a petição poderá ter andamento mediante determinação oficial da Justiça. Somente assim, Key Alves, que alega ter testemunhado o caso, será intimada a prestar depoimento. A SSP também informa que o inquérito será reaberto em caso de aprovação judicial.

A assessoria da participante se posicionou diante da situação e disse que a participante apenas ouviu sons da briga e os disparos do momento do crime, mas não enxergou os fatos com muita clareza e nem viu quem, de fato, atirou contra o contra o lutador. Ela estava acompanhada de um amigo na casa de shows e saiu correndo na hora da briga.

“Ela saiu correndo. Não tem envolvimento com Leandro e nem [com o] policial [suposto assassino]. Ela não viu policial atirando. Não vi o porquê da briga, se foi legítima defesa, se o policial sacou a arma, se o Leandro teve culpa. Ela comentou com o Sapato que viu como todo mundo”, alegou a assessoria de Key Alves.

Relembre o caso

O ex-campeão mundial de jiu-jitsu, Leandro Lo, 33, foi morto por disparo de tiro na cabeça, após um suposto conflito em um espaço de show em São Paulo. O caso aconteceu no Clube Sírio, Zona Sul da capital, na madrugada do dia 7 de agosto.

O principal suspeito de atirar no lutador é o policial militar Henrique Otávio de Oliveira Velozo, o “PM Velozo”. Câmeras de segurança da cidade de São Paulo mostram a rota do acusado momentos antes e após o crime. Testemunhas afirmam que após o disparo, o lutador também sofreu chutes e outras brutalidades. O oficial está em prisão preventiva desde setembro do ano passado.

O PM foi denunciado pelo Ministério Público como autor de homicídio triplamente qualificado. As motivações da acusação foram: por motivo de torpe; emprego de veneno; fogo; explosivo; asfixia; tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e à traição, de emboscada.

Os advogados do policial alegam “legítima defesa”. Segundo a defesa do réu, o PM Velozo havia sido cercado por seis lutadores. Enquanto isso, a defesa da vítima confirmou um desentendimento entre o lutador e o policial, no entanto, afirma que Leandro Lo apenas imobilizou Velozo. 

 

Foto Destaque: Key Alves, Leandro Lo e PM Velozo. Reprodução/O Fuxico/UOL.

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