O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou logo após as críticas da Casa Branca sobre as suas declarações referentes à guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Lula recebeu o Presidente da Romênia que faz fronteira com a Ucrânia. O presidente disse, nesta terça-feira (18), que condena a “violação da integridade territorial” da Ucrânia e que defende uma solução “política e negociada” para a guerra.
Lula falou durante um almoço no Palácio do Itamaraty com o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis, lembrando que o país faz fronteira com a Ucrânia, que foi invadida pela Rússia no ano passado. “Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito. Falei da nossa preocupação com os efeitos da guerra, que extrapolam o continente europeu“, disse, Lula.
Presidente da Romênia(Reprodução/Valdim Ghrida)
O Presidente no dia seguinte deu uma declaração sobre a crítica dos Estados Unidos falando sobre política externa do Brasil. O governo norte americano disse disse que o Brasil “papagueia” propagando a China e Rússia sobre a guerra.
A crítica americana ocorreu após a viagem oficial de Lula à China e aos Emirados Árabes Unidos, quando o presidente disse que os Estados Unidos e a Europa estimulam a guerra ao ceder armas para a Ucrânia.
Ao comentar a guerra, nesta terça-feira, Lula disse que reforçou ao presidente romeno a preocupação com as consequências globais do conflito na produção de alimentos e de energia, em especial nas regiões mais pobres do mundo.
Lula também repetiu que é preciso criar um grupo de países capazes de mediar uma solução pacífica para a guerra. “Precisamos criar urgentemente um grupo de países que tente sentar-se à mesa tanto com a Ucrânia como com a Rússia para encontrar a paz“, declarou, o presidente brasileiro.
Foto Destaque: Lula (Reprodução/Reuters /Adriano Machado)