Uma menina, de apenas 2 anos, foi resgatada com vida dos escombros de um terremoto no Afeganistão neste domingo (08). A criança estava nos braços da mãe, que infelizmente não sobreviveu. O Afeganistão sofreu com diversos terremotos seguidos neste final de semana.
Sequência de terremotos
A sequência de tremores de terra aconteceu no sábado (07), por volta das 11h do horário local. Foram registrados três tremores, tendo o mais forte alcançado 6,3 na escala Richter, ocorrido 10 quilômetros abaixo da terra. Os outros dois terremotos tiveram magnitude 5,9 e 5,5.
De acordo com a administração do Talibã, após os fortes terremotos, o número de mortos no Afeganistão subiu para 2,4 mil. Há cerca de 70 pessoas feridas no hospital da cidade.
Epicentro do terremoto no Afeganistão. (Foto; reprodução/USGS)
Caos e destruição
De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (da sigla, em inglês, USGS), o epicentro do terremoto de magnitude 6,3 ocorreu a 35 km de Herat, no noroeste do Afeganistão e pôde ser sentido nas províncias vizinhas de Badghis e Farah. Os tremores foram responsáveis por destruir diversas aldeias ao longo da região, atingindo cerca de 600 famílias.
Pronunciamento das autoridades
Segundo Janan Sayeeq, porta-voz do Ministério dos Desastres, 2.445 pessoas morreram, ainda há milhares de pessoas desaparecidas sob os escombros, mais de 9 mil pessoas estão feridas, incluindo crianças, mulheres e idosos, além de incontáveis desabrigados em decorrência das 1.320 casas destruídas.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, por meio de seu porta-voz, expressou profunda tristeza com o ocorrido, se solidarizou com o povo afegão, ofereceu suas condolências às famílias das vítimas e desejou uma rápida recuperação aos feridos.
As organizações humanitárias estão buscando esforços de socorro por meio da disponibilização de médicos aos hospitais regionais e abrigos de emergência, além de mantimentos e assistência às pessoas que viviam nas áreas afetadas.
Foto destaque: Criança afegã chora no meio dos escombros dos terremotos. Reprodução/Reuters/Stringer