Nesta quarta-feira (27), em declaração, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o horário de verão não será restabelecido sem que haja a necessidade por parte do setor elétrico. Alexandre cita que o Brasil está no melhor momento nos últimos 10 anos com relação aos reservatórios, e que portanto, não existe a necessidade da reinserção do horário de verão, mesmo admitindo que o setor de eletricidade é sensível e depende de determinadas variantes para que a medida seja cogitada (como por exemplo o índice pluviométrico).
Lula questiona
Curiosamente, em 2022 ao sair vitorioso das eleições, o atual presidente Luiz Inácio realizou uma enquete no Twitter, agora X, sobre a preferência da população com relação ao retorno (ou não) do horário de verão, que teve como resultado 66,2% para “sim” e 33,8% para não, contabilizando mais de 2 milhões de votos.
Lula não citou em sua campanha se tinha como objetivo trazer consigo o retorno da medida ao cotidiano do povo brasileiro, o que torna ainda mais incerta a volta do tão popular horário de verão. Entretanto, o plano ainda não foi totalmente descartado, pois Alexandre Silveira ressaltou um detalhe importante: “O horário de verão só acontecerá, é evidente, se tiver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro”.
Representação das formas de produção de energia no Brasil (Foto: reprodução/angulos.crea-rj)
Objetivo da medida
O plano foi inaugurado com a intenção de reduzir o nível de consumo de energia entre as 18 e 21 horas, fazendo com que houvesse um melhor aproveitamento da luz natural em momentos do dia em que não houvesse a necessidade do uso da luz artificial. Com isso, o horário de verão era aplicado a partir do mês de novembro, quando o solstício do verão se tornava mais evidente.
Vale lembrar que tal medida foi instaurada por Getúlio Vargas em 1930, sendo descartada 89 anos depois por Jair Bolsonaro durante seu mandato como chefe de Estado em 2019.
Foto destaque: Poste de eletrecidade ao nascer do sol. Reprodução/metropoles/Vinícius Schmidt