Imagens de satélite da agência espacial norte-americana, Nasa, mostram as consequências das inundações na região do rio Níger, na Nigéria. As imagens atuais foram comparadas pela equipe da Nasa com as imagens do mesmo local registradas em junho.
{slide}
O país da África Ocidental enfrentou uma estação de chuvas intensas este ano, com fortes tempestades que provocaram enchentes. Pelo menos 300 pessoas morreram e mais de meio milhão foram afetadas, segundo o que a Agência Nacional de Gerenciamento de Emergências (NEMA) do país, divulgou no mês passado.
Mais de 600 mil pessoas em Anambra se descolaram por causa das inundações. Também no estado de Anambra, no dia 7 de outubro, uma embarcação transportava mais de 80 pessoas, que tentavam escapar das águas da enchente que chegavam até os telhados, virou, e setenta e seis pessoas morreram.
A NEMA também fez um alerta para inundações mais trágicas nos estados localizados ao longo dos rios Níger e Benue, porque três reservatórios da Nigéria poderiam transbordar.
Segundo os funcionários da Cruz Vermelha de Kogi, as águas que passaram pelo estado de Anambra deixou consequências varrendo parte do estado vizinho, Kogi. Edifícios ficaram submersos e as águas subiram de uma maneira jamais vista em uma década, relataram os funcionários.
Funcionário da Cruz Vermelha da Nigéria passando de canoa ao lado de um mercado submerso localizado em Lokoja. Foto: (Reprodução/ CNN Brasil)
No distrito de Ibaji, o mais atingido em Kogi, pelo menos seis pessoas, incluindo uma criança, morreram. O governador do estado, Yahaya Bello, disse que o distrito está “100% debaixo d’água”. E continuou dizendo que as inundações são uma “tragédia humanitária”.
Kogi fica localizada a cerca de 200 quilômetros da capital nigeriana, Abuja. A capital de Kogi, Lokoja, é um ponto de encontro dos maiores rios da África Ocidental, Níger e Benue.
É comum que as chuvas na Nigéria se estendam de abril a outubro. As cheias afetaram outras partes do país este ano. Os surtos de cólera registrados na região Nordeste do país, estão sendo atribuídos a fontes de água que foram contaminadas pelas águas das inundações.
Foto destaque: O efeito da chuva na Nigéria. Reprodução/Médicos sem Fronteiras