O negacionismo e as mortes causadas pela desinformação sobre a Covid-19

Gustavo Sebastião da Silva Correia Por Gustavo Sebastião da Silva Correia
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Rodrigo, Marconi, Adriana e Iomar. Pessoas que não são próximas, mas que compartilham da mesma dor. Os três perderam alguém para a Covid-19. Marconi conseguiu se recuperar da doença, após quase morrer ao se negar a usar máscara, por dar mais credibilidade às mensagens falsas do que a ciência. Acabou tendo de ser levado ao hospital de cadeiras de rodas e em estado crítico.

Luiz Carlos, pai de Rodrigo faleceu após se automedicar e ignorar a gravidade do vírus. Para Adriana, além de perder a mãe para o coronavírus, não pôde se despedir dela. Maria das Graças dizia que a Covid-19 era uma “gripezinha”, e que os caixões estavam sendo enterrados vazios. Ao perder a esposa, os sogros e o irmão Anthony, um enfermeiro que ficou famoso na internet após compartilhar mensagens antivacina, Iomar passou a levar a pandemia a sério. 

Essas são apenas algumas pessoas que por conta da desinformação propagada nas redes sociais não enxergaram a gravidade da pandemia que já vitimou mais de 600 mil vidas como uma doença grave. 

Em um ano e meio de pandemia, o canal de checagens Fato ou Fake que pertence ao grupo Globo, publicou 565 informações analisadas. Dentre elas, foram desmentidas informações sobre a não eficácia das máscaras, a defesa de utilização de receitas e medicamentos sem comprovação científica além do movimento contra as vacinas, entre outros.  


As redes sociais são usadas para divulgar informações falsas sobre a Covid-19. Isso faz com que muitas pessoas não se preocupem com a doença. (Foto:Reprodução/neilpatel.com)


Confundir ou criar dúvidas na população, faz com que essas mensagens falsas influenciem as pessoas a tomarem atitudes que prejudicam e colocam em risco a si e aos outros. Ações como o não uso de máscara, a exposição sem necessidade, ser contra a vacinação, incentivar o uso remédios ineficazes, dentre outras atitudes contrárias ao que dizem os especialistas, são exemplos.

Dentre as desinformações que circularam e influenciaram muitas pessoas está a cura “milagrosa” que incluem água quente, vitamina C e limão, ozonioterapia, chá de erva-doce e fígado de boi, água tônica, açafrão, chá de boldo, de casca de quina ou de artemísia, limão, laranja e mel, enxofre, sal e zinco, melão-de-são-caetano, de acordo com o G1.

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Assim como as mensagens falsas sobre o uso das máscaras e também sobre o distanciamento social, tão necessário para se evitar a propagação do vírus.

Diversos boatos tentando desacreditar os números da pandemia, seja no caso das mortes quanto dos infectados circularam nas redes. 

Agora a vítima das desinformações tem sido as vacinas. Circulam mensagens dizendo que as vacinas ainda estão em fase experimental, que podem gerar doenças autoimunes ou Alzheimer, por exemplo. Os imunizantes possuem um papel fundamental para diminuir os casos e também as mortes pelo novo coronavírus em todo o mundo.

 

Foto destaque: Reprodução/claudia.abril.com.br

 

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