PL recorre multa de R$ 22,9 milhões imposta pelo TSE

Afernandes Por Afernandes
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Após um pleito eleitoral considerado o mais acirrado de todos os tempos, onde a diferença de votos entre os dois candidatos à presidência foi o menor da historia. A explosão de denúncias, episódios de violência e agressões entre os eleitorados dos candidatos, na última eleição foi marcada por uma peculiaridade onde um presidente e um ex presidente disputaram, ambos representando dois projetos completamente  antagônicos.


Foto: Partido Liberal recorre da multa de 22,9 milhoes. Reprodução/ GETTY IMAGENS.


Após a derrota nas urnas o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, se recusou a reconhecer a vitoria do candidato da oposição, e contratou duas auditorias alegando que houve um possível processo fraudulento nas eleições de 2022. De acordo com a analise de informações disponibilizadas pelo próprio sistema do TSE, o presidente do Instituto Voto Legal (IVL), Carlos Rocha que assina o documento junto com o engenheiro aeronáutico Flávio Gottardo de Oliveira e engenheiro eletrônico Márcio Abreu onde os dois últimos formados pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).  Relatam não ser possíveis confirmar os resultados gerados nas urnas eletrônicas cujo modelo data de 2009 a 2015.

Eles apontaram um mau funcionamento nestes modelos antigos e interferência indevida nos percentuais de votação para cada candidato. E que apenas as de 2020 estariam de acordo. Não sendo possível validar os resultados gerados em todas as urnas. Mediante esta informação e sedento por esclarecimento o presidente do PL entrou com uma ação junto ao STF e STE, para possível investigação e anulação de 279 mil votos nestas urnas. O pedido foi negado pelo então presidente do STE Alexandre de Moraes, que ainda condenou a agremiação a uma multa de 22,9 milhões de reais e bloqueio dos fundos partidários até o pagamento das multas, alegando litigância de má-fé. 

O PL nesta quarta feira (30) ajuizou um pedido recorrendo da decisão  imposta pelo presidente do TSE. No mesmo pedido eles solicitam que a suspensão do fundo partidário e dos repasses se limite a 10% do valor que a legenda recebe mensalmente. Ressaltam ainda no pedido que as outras contas da agremiação sejam desbloqueadas, pois estas não estão relacionadas ao fundo partidário. Caso isso não aconteça, o partido terá suas atividades prejudicadas e inviabilizadas. A sigla ainda reforça que o pedido de verificação extraordinária das urnas foi interpretado por Moraes como uma tentativa de afrontar e tumultuar o processo eleitoral, entretanto de acordo com o partido o pedido foi feito, pois o PL pode atuar como entidade fiscalizadora das eleições.

Foto destaque: Presidente do partido Liberal. REPRODUÇÃO/GETTY IMAGENS.

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