Às seis horas da manhã desta quinta-feira (23), um prédio desabou em Gramado, no Rio Grande do Sul. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o Residencial Condado Ana Carolina já estava completamente evacuado no momento do desabamento. Os moradores saíram no domingo (19), e a prefeitura do município confirmou que não foram registrados feridos.
Sobre o desabamento
O incidente não resultou em maiores deslizamentos, mas as rachaduras no solo que anteciparam a queda do prédio, ainda se encontram parcialmente no território residencial, uma área de 3363.64 m², o que significa que o solo permanece em estado instável.
Embora tenha ocorrido somente no bairro Três Pinheiros, até o momento, outros bairros do município também apresentaram as mesmas rachaduras, que surgiram após as fortes chuvas que abalaram o Sul do país no fim de semana, que causaram pelo menos sete mortes registradas.
Gramado: Ponto Turístico
Após o local ser avaliado, as autoridades rapidamente condenaram o prédio, o que facilitou a evacuação antecipada. Dos residentes evacuados, 31 foram refugiados em um abrigo no ginásio da Escola Senador Salgado Filho, enquanto que o restante foi para casas de familiares ou conhecidos.
Entretanto, mesmo com o aviso antecipado, não foi possível realizar a implosão da construção devido à possibilidade de maiores danos nos arredores, o que foi desconsiderado pela sua relativa centralidade no polo turístico da região. Na encosta do Vale do Quilombo, o Residencial Condado Ana Carolina ficava a duas quadras do Lago Negro, um dos principais pontos turísticos de Gramado, e a cerca de 10 minutos do centro da cidade.
Ainda assim, e com outros bairros apresentando as mesmas rachaduras, tanto o governo do Rio Grande do Sul quanto o Sindtur Serra Gaúcha (representante de hotéis e parques na Região das Hortênsias) afirmaram que Gramado ainda está segura para visitantes, e que as atrações não devem ser canceladas.
Rua Ladeira das Azaléias, no bairro Três Pinheiros, também apresenta rachaduras. (Foto:Reprodução/Francisco da Costa/g1)
Veredito em processo
Segundo a prefeitura, o caso trata-se de um episódio pontual e isolado, de modo que “a instabilidade do solo segue”, mas a situação do colapso em si “é apenas uma das situações de risco”.
O veredito mais fundado deve ser dado pelo Serviço Geológico do Brasil após a avaliação de vários locais (Três Pinheiros, Planalto, Perimetral, Ladeira das Azaleias) onde as rachaduras vêm aparecendo desde quarta-feira. Com esse relatório elaborado, o município deve tomar sua decisão final sobre as medidas a serem executadas.
Foto Destaque: Prédio desaba em Gramado. (Reprodução/g1)