Primeiro encontro entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os futuros comandantes das Forças Armadas estava previsto para a última sexta-feira (9), mas foi adiado para esta semana. O cancelamento ocorreu porque Monteiro decidiu se encontrar o atual ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira, antes de se reunir com os futuros comandantes.
O presidente eleito afirmou, na reunião desta semana, que nos oito anos em que exerceu a presidência do Brasil manteve uma boa relação com as Forças Armadas. Além disso, ele disse que deseja discutir “o futuro do País” com os oficiais-generais. Monteiro deverá formalizar os nomes dos comandantes escolhidos, mas Lula destacou que não admitirá politização do meio militar, porque não é papel das Forças Armadas tratar de política.
Lula declarando quem serão os oficiais que comandarão as Forças Armadas (Foto: Reprodução/Correio Braziliense/Evaristo SA/AFP)
Com a confirmação de Monteiro na Defesa, Lula não falou sobre os próximos comandantes. Segundo o futuro ministro, a escolha dos novos comandantes ocorreu a partir do critério da antiguidade. Assim, no Exército foi escolhido o general Júlio César, na Marinha, o almirante Marcos Olsen, e na Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno. Eles irão substituir o general Marcos Antônio Freire Gomes do Exército, o almirante Almir Garnier Santos da Marinha e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior da Força Aérea Brasileira (FAB).
A reunião com os novos comandantes das Forças Armadas acontece após mais de 40 dias depois do resultado da eleição. Lula ainda não se reuniu com o atual ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira.
Jair Bolsonaro (PL) se reuniu pela primeira vez com os militares escolhidos depois de 25 dias após o resultado das eleições em 2018. Duas semanas antes, ele já havia se encontrado com o então ministro da Defesa, general Silva e Luna, que se tornou presidente da Petrobras no governo do atual presidente, mas foi demitido depois.
Foto destaque: Futuro presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Reprodução/Yahoo Notícias/Mohammed Salem/REUTERS)