Principal indicador da inflação sobe e chega aos 0,12% em julho segundo o IBGE

Letícia Santos Por Letícia Santos
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Os dados do IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – foram divulgados nessa sexta-feira (11), após estudos do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O índice é considerado por especialistas como o principal indicador da inflação do país, que vinha desacelerando desde fevereiro. O IPCA chegou a atingir deflação de 0,08% em Junho desse ano. Com os dados de hoje, o país passa a ter uma inflação acumulada de 3,99% nos últimos 12 meses. No acumulado do ano de 2023, chega a alta de 2,99%.


Notas em real à esquerda e bandeira do Brasil à direita. (Reprodução/Instagram/@cnneconomia).


Opinião de especialistas

Com a divulgação dos dados do IBGE, o mercado financeiro amanheceu dividido. De certa forma, estudiosos da área dizem, que mesmo que os índices tenham subido acima do esperado, os novos dados da inflação abrem margem para que o BC – Banco Central – acelere cortes da Selic – a taxa básica de juros do Brasil.

Ainda sobre os estudos do Instituto brasileiro, o índice em serviços sofreu uma queda de 0,33 ponto percentual, isso se refere a gastos com automóveis, moradia, passagens áreas etc. Segundo a economista Tatiana Pinheiro, inflação de serviços costuma ser a última a ceder ou reduzir, essa demora nos reajustes é comum: “Quando falamos de outros itens, os produtores revisam as tabelas de preços com mais frequência. Já em serviços, os preços demoram mais tempo para sofrer reajustes.”, conforme o que diz a especialista os itens mais revisados constumam ser os comercializados externamente. 


Rapaz abastece carro em posto de gasolina. (Reprodução/Instagram/@inteligenciafinanceira).


A influência da gasolina

Os nove grupos que compõem o IPCA, são: Alimentação, educação, habitação, transportes, artigos para moradia, vestuário, saúde, comunicação e despesas pessoais. E dentro das porcentagens individuais, os transportes foram responsáveis pelo maior crescimento do índice. Os preços da gasolina acumularam alta de 1,50% no mês e impacto de 0,31 ponto percentual no índice geral do IPCA.

Isso se deve principalmente a reoneração de impostos federais nos combustíveis, como o PIS e o COFINS, conforme determinação do ministério da fazenda, de Fernando Haddad. Por fim, o aumento no preço foi de R$ 0,22 por litro no caso do etanol e de R$ 0,34 por litro da gasolina.

Além disso, outros fatores do setor de transporte fizeram com que fosse o maior responsável, pelo aumento do IPCA. Como os reajustes nos pedágios, e o fim do programa de descontos em carros zeros, do governo federal.

Em contrapartida, o consumidor pode comemorar que o setor de alimentação e habitação permanece em queda, e segundo especialistas deve continuar desacelerando.

Foto destaque: Notas e moedas em real. Reprodução/Instagram/@Uol.

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