A alta da inflação tem trazido diversas consequências aos brasileiros de todo o país. Custa cada vez mais caro viver no Brasil, e a inflação deste ano têm subido trazendo junto a dificuldade em conciliar o salário dos brasileiros com seus gastos. Segundo os dados apresentados pelo Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 12% no mês de maio deste ano.
A população brasileira está tendo que se virar como pode para conseguir manter acesso à comida, luz, água e pagar as faturas. Porém a falta de dinheiro tem feito muitos brasileiros terem que recorrer a realização de acordos para pagarem as contas. A renegociação de dívidas acontece para pagar serviços básicos como água e energia elétrica.
Muitos brasileiros como o Ronaldo, precisam negociar as contas para regularizar a situação. Ronaldo conseguiu juntar o dinheiro para o pagamento das contas da energia elétrica que tinha deixado atrasar e espera não passar pelo sufoco de novo, como conta o motorista de aplicativo, em entrevista ao Jornal Nacional “Eu optei por fazer isso, pagar três, quatro contas por dia, não vou pagar os juros, e eles ligam de novo. E não deixar atrasar mais, né? Porque ficar sem luz não dá, né?”.
Com o aumento da inflação e a falta de dinheiro, muitos brasileiros buscam o parcelamento das dividas (Foto: reprodução/Prefeitura de Anapólis)
Com a falta de dinheiro, muitos cidadãos buscam priorizar a compra de alimentos à frente do pagamento das contas. Com isso, o acúmulo das dívidas resultando em buscas de acordos para a quitação. Somente em São Paulo, a distribuidora de energia divulgou que nos cinco primeiros meses de 2022 a alta de acordos e parcelamentos das contas teve aumento de 77% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No total, mais de 193 mil brasileiros passaram por negociação de débitos das contas de luz neste ano.
Os acordos para a quitação dos débitos têm sido a melhor saída para os brasileiros colocarem as contas em dia e é necessário que haja as negociações para evitar o aumento dos valores de quem está em dívida. É o que afirma o professor de economia Joelson Sampaio da Fundação Getúlio Vargas (FGV):
“Para as famílias de menor renda, alternativa que elas têm, dado que a inflação já reduziu sua renda, comprometeu boa parte do orçamento, é sim o parcelamento, é a negociação. O que é importante é que o controle financeiro é, e principalmente esse planejamento das parcelas, ele seja mantido em dia para que lá na frente não haja novos problemas que venham comprometer aí, não só a oferta desses serviços, como também a questão de restrição aos nomes dessas famílias”, diz o professor ao portal de notícias G1.
Foto destaque: Representação de fatura . Foto: reprodução/Exame