A Rússia recusou uma proposta de paz com três etapas do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta terça-feira. A ação contém três etapas e a primeira seria a retirada das tropas russas da Ucrânia.
Em resposta ao pedido de Zelensky por mais equipamento militar, apoio financeiro, energético e a solução de paz aos líderes das potências do Grupo dos Sete, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, falou que o progresso não seria possível sem que a Ucrânia leve “em conta as realidades que se desenvolveram durante esse período”, o que inclui a captura de territórios ucranianos pela Rússia.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin (Foto: Reprodução/BBC News)
Peskov afirma que a proposta contém “três passos para a continuação das hostilidades” e que, na nova realidade desenvolvida, “novos sujeitos surgiram na Federação Russa. Surgiram como resultado de referendos que ocorreram nesses territórios. Sem levar em conta essas novas realidades, nenhum tipo de progresso é possível”.
“Não importa o que o agressor pretenda fazer, quando o mundo está verdadeiramente unido, é o mundo, não o agressor, que determina como os eventos se desenrolam”, disse Zelensky.
Sobre esses referendos, a Ucrânia e seus aliados ocidentais os consideram fraudes ilegais. Peskov refere-se a eles em quatro locais do sul e leste ucraniano onde a Rússia ocupa parcialmente. Dessa área, os russos perderam uma quantidade significativa de terreno e, agora, estão falando com mais frequência sobre propostas de paz.
Porém, o porta-voz disse que não vê a Ucrânia e o Ocidente prontos para as negociações. Moscou negou as acusações de que o objetivo da própria conversa sobre diplomacia seria para ganhar tempo para o reagrupamento das forças esgotadas.
A Ucrânia disse que a Rússia precisa interromper os ataques e se retirar dos territórios ocupados. Zelensky pediu apoio aos líderes do G7 na ideia de convocação de uma Cúpula Global de Paz especial. Essa focaria na implementação de um plano de paz de 10 pontos de Kiev. Dentro desses pontos, estaria a retirada-russa de todas as suas tropas do território ucraniano.
Foto destaque: Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin (Foto: Reprodução/Asharq AL-awsat)