Segundo diagnóstico de Wilson Lima (UNIÃO), governador de Amazonas, o estado passará pela maior estiagem já registrada na região. Apesar das preparações em andamento, a situação deve afetar 500 mil pessoas até o fim de outubro, especialmente quanto à distribuição de àgua e alimentos. Atualmente, 13 municípios do estado já estão em situação de emergência.
“Nunca vimos algo assim,” disse o governador Wilson Lima. “É a pior seca da história.”
Nesta terça-feira (26), Lima deverá ir à Brasília pedir a assitência do governo federal no financiamento de cestas básicas, água, além de requerer o apoio da Força Aérea para o transporte de tais insumos. Estima-se que as ações emergencias devem custar, no total, cerca de R$ 100 milhões.
Governador Wilson Lima se pronunciou a respeito da crise climática neste domingo (24). (Foto:Reprodução/Diego Peres/Secom)
Questão fluvial
O transporte emergencial requer a Força Aérea porque o transporte na região Norte é majoritariamente fluvial, feito através de rios. Justamente devido ao perigo da estiagem, e consequentemente da já observada rápida secagem e queda no nível dos rios, é possível que esse meio se torne indisponível até a volta da temporada das chuvas, prevista para novembro e dezembro.
Tal situação levou o governo federal a se reunir para lidar com o problema. Devido à dependência para transporte dos rios que estão secando, várias cidades do estado já se encontram isoladas e 100 mil pessoas foram atingidas.
Segundo projeção do governo de Amazonas, estima-se que até o final de outubro, 59 dos 62 municípios decretem estado de emergência.
A reunião para discutir soluções à crise está marcada para terça-feira (26). (Foto:Reprodução/Rafaela Felicciano/Metrópoles)
Reunião emergencial
“Acabo de conversar com o presidente Lula, juntamente com o senador Omar Aziz, para tratar sobre a situação da estiagem no Amazonas,” o governador Wilson afirmou no domingo (24), dia em que anunciou que iria pedir assistência do governo federal. “O presidente se colocou à disposição e, na próxima terça-feira, reuniremos no ministério dos Transportes para alinhar as ações em apoio às pessoas que moram nos municípios afetados.”
Esse quadro envolve, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), e o ministro de Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (PDT).
Foto Destaque: Seca do Rio Solimões em 2022. Reprodução/Baltazar Ferreira/G1