Considerado o terremoto que causou mais mortes no Marrocos desde 1960, o terremoto que passou pelas regiões montanhosas deixou sérias consequências por todo o país e para seus moradores. O que levou a ocorrência dele, no entanto, é bem “simples”.
A causa
Apesar do norte do Marrocos estar localizado em uma área onde há o encontro de placas tectônicas com o sul da Espanha, até o dado momento os pesquisadores não consideravam as regiões montanhosas africanas tão perigosas.
“Isso é um pouco enganador. E neste caso é obviamente um erro, agora percebemos. É algo que já aconteceu outras vezes em outras áreas do mundo, onde talvez não se esperava um grande terremoto, e no final aconteceu”, explicou um especialista, em entrevista para O Globo.
A região já era conhecida por ter montanhas advindas do fenômeno de colisão de placas, porém, acreditava-se que o local era inofensivo, apesar de suas origens.
Destroços do terremoto (Reprodução/Twitter/@UNOCHA)
As dificuldades após a catástrofe
De acordo com centros de pesquisa marroquinos, a magnitude do terremoto foi 7. O impacto gerado pelo desastre natural foi tamanho que estima-se que 2122 pessoas tenham morrido em consequência, e 2421 ficaram feridas.
Uma das maiores dificuldades para as equipes de resgate está sendo conseguir trabalhar pelas regiões montanhosas e as áreas rurais, que foram as mais atingidas, e são as que possuem grande desafio para o acesso externo. Muitos cidadãos que perderam as suas casas e seus demais bens materiais estão ocupando as ruas do país por falta de um abrigo melhor, e vários deles se abrigaram em “barracas” improvisadas por conta própria.
O Marrocos continua tentando identificar todas as vítimas da catástrofe, e acolher e ajudar todos aqueles que estão desabrigados nesse momento tão difícil. A Espanha foi um dos países que recebeu permissão para enviar a ajuda humanitária necessária.
Os líderes políticos da Alemanha, dos Estados Unidos, de Israel e da França também já expressaram disponibilidade para assistir o país africano no que for preciso no momento.
Foto Destaque: sobreviventes do terremoto. Reprodução/Agência Brasil