TSE convida representantes do Telegram para conversa com a Corte

Maria Júlia Freitas Por Maria Júlia Freitas
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou na terça-feira (22), um convite aos representantes do aplicativo Telegram para se reunirem com a Corte na próxima quinta-feira (24), para que seja conversado sobre as políticas de controle de disseminação de notícia. Até o momento, não houve nenhuma resposta por parte da empresa. Mesmo com a ordem de bloqueio, o aplicativo não abriu nenhum canal de comunicação com o Judiciário. 

Na última quinta-feira (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão imediata do Telegram em todo o país. A solicitação foi feita após uma ordem vinda da Polícia Federal. Foi alegado pelo fundador do aplicativo, o russo Pavel Durov, que problemas com o e-mail ocasionou no não recebimento das intimações enviadas à empresa.


Ministro Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução/Notícias do povo)


Além disso, o empresário pediu mais alguns dias para Moraes, antes do bloqueio da plataforma de mensagens. O ministro também determinou uma multa diária no valor de R$100 mil para as empresas que se negaram a realizar o bloqueio do Telegram para meio de comunicação.  

Mesmo com o aplicativo realizando o bloqueio de perfis, que estavam disseminando informações falsas – como foi solicitado pelo Supremo – a empresa ainda seguiu sem cumprir ordens de alguns outros pontos determinados. Um dos principais era repassar à Justiça os dados cadastrais desses usuários e bloquear repasse de recursos. Entre esses perfis bloqueados estava o do blogueiro Allan dos Santos, um grande e forte aliado da família Bolsonaro, e um dos acusados em disseminar falsas notícias pelo Telegram. 

O TSE também acredita que o Telegram crie canais internos para o recebimento das denúncias de fake news. Além disso, criam-se expectativas do aplicativo controlar os disparos de informações prejudiciais em massa e identifique rapidamente os usuários responsáveis. Tudo isso deve ser discutido ainda esta semana, caso os representantes aceitem conversar com o Tribunal Superior. 

 

Foto destaque: Reprodução/G1

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