A Agência Europeia de Defesa (EDA) comunicou à imprensa nesta segunda-feira (20) que dezessete membros da União Europeia e a Noruega concordaram em, conjuntamente, adquirir munição para a Ucrânia reabastecer estoques nacionais.
Segundo diplomatas de diversos países, o plano é dividido em três partes: doar 1 bilhão de euros (5,6 bilhões de reais) para doar projéteis na reserva dos países rapidamente, investir mais um bilhão de euros para comprar projéteis 155 mm ao longo do ano, e ampliar a capacidade de produção de empresas europeias para auxiliar no abastecimento para a Ucrânia e repor as reservas nacionais. A ação vem depois de análise afirmar que o país precisa de cerca de 350 mil projéteis por mês em guerra contra a Rússia, que já dura mais de um ano.
Joseph Borell, representante da política de segurança da União Europeia. Foto: reprodução
Segundo a EDA, o órgão trabalha desde novembro para auxiliar a Ucrânia e identificar problemas nas tropas, e a medida é para fortalecer e apoiar o país na guerra contra a Rússia, que já dura mais de um ano. Josep Borell, principal diplomata da União Europeia, falou sobre o assunto: “Estamos cumprindo nossas promessas de fornecer à Ucrânia mais munição de artilharia. As autoridades ucranianas foram claras sobre suas necessidades e este projeto faz parte da resposta da UE. Ao fazer compras conjuntas por meio da estrutura da EDA e mobilizar o apoio financeiro do Fundo Europeu para a Paz, entregaremos à Ucrânia mais e mais rapidamente. Estamos novamente quebrando um tabu e liberando o potencial da cooperação da UE em compras conjuntas”
A União Europeia anteriormente já havia anunciado apoio militar de 12 bilhões de euros (cerca de 67 bilhões de reais) para a Ucrânia, e espera chamar mais países para auxiliar na defesa do país. A intenção é enviar os primeiros projéteis em maio e assinar os acordos conjuntos no início de setembro. Os 18 países que participam do acordo são: Áustria, Bélgica, Croácia, Chipre, República Tcheca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Portugal, Romênia, Eslováquia, Suécia e Noruega. O apoio vem em um momento crítico da guerra, onde a Ucrânia vem fazendo racionamento de munições pelo baixo estoque e perdendo muitos soldados.
Imagem destaque: Soldado anda por cidade destruída na Ucrânia. Forças Armadas da Ucrânia/Reuters.
