Um novo surto de covid-19 tem assustado os cidadãos de Xangai. Há aproximadamente 3 semanas, a cidade mais populosa da China adotou um regime de lockdown severo para o controle da contaminação de um surto de infectados pelo novo coronavírus, paralisando quase todas as atividades externas como fábricas de produção, empresas privadas e outros, confinando mais de 25 milhões de moradores em suas casas.
Segundo a BBC, as vítimas relatadas tinham comorbidades entre as idades de 89 e 91 anos. Na internet, registros mostram moradores de apartamentos sendo retirados de suas casas para usar a área como centros de isolamento para os infectados.
O governo tem abastecido os prédios com sacolas cheias de mantimentos, mas, precauções como essas, não são o bastante, o descuido do governo com outras necessidades públicas tem trazido tumulto e revolta entre os chineses.
Os moradores desabafam nas redes sociais, frustrados com as dificuldades das autoridades em prover alimentos, além das más condições nos centros de quarentena e da perda de renda financeira. Fatos como estes geraram brigas e protestos contra a polícia local.
Policiais usando roupas de proteção contra Covid-19 inspecionam as informações de saúde de pessoas na Estação Ferroviária de Nanjing, na província de Jiangsu, em 17 de janeiro de 2022 na China — Foto: China Daily via Reuters
Xangai teve o maior surto da China desde o primeiro caso em 2019 e já registrou mais de 320 mil casos de covid-19 desde o início da onda em março deste ano.
Atualmente, a cidade possui cerca de 20 mil casos por dia, entre sintomáticos e assintomáticos, mas apenas 10 mortes foram registradas até agora.
Com os últimos acontecimentos, Xangai ajustou uma meta até quarta-feira (20) para impedir a propagação do vírus, com o objetivo de aliviar o confinamento voltando gradativamente com as atividades comuns do dia a dia.
Um membro local informou, neste sábado (16), que a meta “Covid-zero em transmissões comunitárias” exige que sejam acelerados os testes de covid-19 e agilizada a transferência dos infectados para os centros de quarentena.
Foto Destaque: Profissionais realizando teste da Covid-19 na China/Yang Bo/China News Service via Getty Images