XBB.1.5: subvariante da Ômicron é mais transmissível, afirma OMS

Sara Corrêa Por Sara Corrêa
4 min de leitura

Os cientistas estão preocupados com a subvariante da Ômicron XBB.1.5 por ela ser ter se espalhado rapidamente no continente europeu e nos Estados Unidos no mês de dezembro.

Até o momento, o que se sabe sobre essa nova subvariante é que ela é a mais transmissível de todas já detectadas, afirmou a epidemiologista sênior da Organização Mundial da Saúde (OMS) Maria Van Kerkhove. O motivo da sua rápida proliferação são as suas mutações, que possibilitam que o vírus se junte às células e se replique facilmente.

“Nossa preocupação é quão transmissível é”, disse Van Kerkhove em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (4).

A estimativa, segundo os dados dos Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, é que a XBB e XBB.1.5 representem 44,1% dos casos de Covid-19 nos EUA na semana do dia 31 de dezembro, acima dos 25,9% da semana anterior. E de acordo com a OMS, ela também foi detectada em outros 28 países.

O XBB.1.5 é mais uma das subvariantes da Ômicron, variante mais contagiosa do Covid-19, que agora é o que domina globalmente. A XBB, foi detectada pela primeira vez em outubro do ano passado, e é uma recombinação de duas subvariantes também da Ômicron.

Os dados de gravidade e o quadro clínico do seu impacto ainda não foram analisados pela OMS, mas o órgão afirma que não houve nenhuma diferença no seu nível de gravidade, porém o aumento na sua transmissão é sempre uma preocupação.

“Esperamos novas ondas de infecção em todo o mundo, mas isso não precisa se traduzir em mais ondas de mortes, porque nossas contramedidas continuam funcionando”, disse Van Kerkhove, ao falar sobre as vacinas e tratamentos.


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Coletiva de Imprensa da OMS. (Reprodução/Twitter)


Muitos outros vírus estão em circulação, então a OMS não está atribuindo o atual aumento no número de hospitalizações no nordeste dos Estados Unidos à variante.

O surgimento da subvariante não quer dizer que haja uma nova crise na pandemia, afirma os virologistas. E à medida que o vírus se espalha novas variantes são esperadas.

O XBB.1.5 pode se disseminar globalmente, mas ainda não se sabe se ele causará a sua própria onda de infecções pelo mundo. Os especialistas lembram que as vacinas atuais contra o Covid-19 seguem protegendo contra os sintomas graves, hospitalização e morte.

“Não há razão para pensar que a XBB.1.5 seja mais preocupante do que outras variantes que vêm e vão no cenário em constante mudança da Covid”, declarou o professor Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group.

Uma avaliação sobre o risco da subvariante está sendo feita pelo Grupo Consultivo Técnico sobre Evolução do Vírus da OMS, e Van Kerkhove afirmou na quarta-feira (4), que espera publicar os resultados nos próximos dias.

As possíveis mudanças na gravidade da subvariante estão sendo monitorados de perto pela OMS que conta com a ajuda de estudos de laboratórios e dados do mundo real.

Foto destaque. Subvariante da Ômicron é mais transmissível. Reprodução/Mint. 

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