Colômbia comandará libertação de reféns sequestrados pelo Hamas 

Sofia Souza Por Sofia Souza
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Gustavo Petro, atual presidente colombiano. (Reprodução/Daniel Munoz/AFP)

Nesta quarta-feira (31), Gustavo Petro, presidente da Colômbia, aceitou comandar uma negociação para a libertação dos reféns que estão mantidos sob sequestro pelo Hamas desde o início da guerra no Oriente Médio, em 7 de outubro de 2023. 

No último dia 11 de janeiro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enviou uma carta a Gustavo Petro solicitando que o Estado colombiano forneça “todos os esforços” para liderar esta “comissão de paz”. 

Em resposta, o presidente da Colômbia aceitou comandar a negociação e repudiou a guerra entre Israel X Hamas.  “Considero prioritário que se avance rapidamente para o fim das hostilidades e iniciar conversas para obter a libertação de todos os reféns”, escreveu Petro. 

“Proponho que avancemos na criação de uma Comissão de Paz composta por diversos países, para garantir essas libertações e alcançar o objetivo maior de acabar com a violência entre Israel e a Palestina”, concluiu o presidente colombiano.


Gustavo Petro, presidente colombiano, aceita liderar Comissão de Paz para libertar sequestrados pelo Hamas (Foto: Reprodução/Vannessa Jimenez/Reuters)

Colômbia apoia ação contra Israel por genocídio 

No último dia 10, a Colômbia apoiou a ação movida pela África do Sul contra o Estado de Israel por genocídio contra o povo palestino. A ação foi apresentada na Corte Internacional de Justiça (CIJ), com sede em Haia, por suposta violação da Convenção de 1948.

Em nota, o presidente colombiano ressaltou ser “muito claro que as ações e medidas adotadas pelo governo de Israel constituem atos de genocídio”. Além disso, Petro elogiou a postura tomada pelo governo da África do Sul afirmando ter sido um “passo corajoso na direção certa”.

Petro já ameaçou romper relações com Israel

No início da guerra, em outubro de 2023,  as relações diplomáticas entre a Colômbia e Israel se estremeceram após declarações trocadas de ambos os lados. Margarita Manjarrez, embaixadora da Colômbia em território israelense, chegou a ser convocada a prestar esclarecimentos após críticas do presidente colombiano contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza.  

Na época, as autoridades israelenses  anunciaram a suspensão de exportações de “materiais de segurança” à Colômbia. A medida gerou declaração de Gustavo Petro  nas redes sociais repudiando a represália de Israel e chegou a ameaçar suspender as relações exteriores contra o Estado israelense.

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