Consulado dos EUA chama Alexandre de Moraes de “tóxico” e pede cautela
O Consulado dos Estados Unidos da América publicou em conta oficial na rede X – antigo Twitter – que o ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, é “tóxico” e pediu “máxima cautela” para entidades fora da jurisdição americana. Consulado americano Na tarde desta segunda-feira (18), foi publicada uma entrevista do jornal […]
O Consulado dos Estados Unidos da América publicou em conta oficial na rede X – antigo Twitter – que o ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, é “tóxico” e pediu “máxima cautela” para entidades fora da jurisdição americana.
Consulado americano
Na tarde desta segunda-feira (18), foi publicada uma entrevista do jornal The Washington Post com o ministro Alexandre de Moraes, na qual declarou diversas vezes que não irá recuar das investigações de um possível golpe de Estado, mesmo após Donald Trump ter sancionado a Lei Magnitsky e imposto tarifas ao Brasil.
Acredita-se que a entrevista motivou as publicações de órgãos americanos nas redes sociais, que classificaram o ministro do STF como “tóxico” e afirmaram: “Nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las”.
Além disso, órgãos do governo do presidente Donald Trump voltaram a reforçar que está proibida qualquer relação comercial americana envolvendo o ministro Alexandre de Moraes.
Entrevista ao jornal norte-americano
Ainda em entrevista ao Washington Post, o ministro Alexandre de Moraes reafirmou que seguirá com as investigações sobre o possível golpe e afirmou que a relação entre Brasil e EUA foi prejudicada por “falsas narrativas”, citando diversas declarações feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. Moraes também ressaltou o histórico brasileiro de episódios antidemocráticos, como durante o governo Vargas e o Golpe Militar de 1964, e comentou que pode ser difícil para os norte-americanos entenderem a vulnerabilidade da democracia no Brasil, devido à ausência desses eventos em sua própria história. Segundo ele, “o Brasil passou por vinte anos de ditadura sob Getúlio Vargas, outros vinte anos de regime militar e diversas tentativas de golpe. Quando se enfrenta repetidamente uma ameaça, desenvolve-se resistência e mecanismos de prevenção.”
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O ministro encerrou a entrevista afirmando que “enquanto houver necessidade, a investigação continuará”. Até o momento, 31 pessoas se tornaram rés no STF, incluindo o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
