O Diretor Geral do Departamento Municipal de Água e Esgoto de Porto Alegre, Maurício Loss, informou nesta quinta-feira (23), que o volume de chuva na cidade está fora do previsto e, também, alertou os moradores daqueles bairros previamente atingidos pelas cheias, para monitorarem o ritmo das águas e saber o momento de procurarem um lugar seguro. Maio já é o mês mais chuvoso desde 1916.
Corrida contra o tempo
Loss comentou que as equipes da prefeitura da capital gaúcha vêm trabalhando para potencializar o funcionamento das casas de bomba que drenam a água. Os bairros Menino Deus e Cidade Baixa foram os mais atingidos pelas cheias desde o início da atual tragédia. Portanto, vêm recebendo maior atenção das equipes.
“Nossas equipes também seguem atuando na limpeza das redes com caminhões hidrojato para tirar todo aquele material, aquele lodo, aquela areia que ficou acumulado nos últimos alagamentos”.
Maurício Loss
O elevado volume de chuva, o acúmulo de lixo nas ruas e redes pluviais e restrições no funcionamento de casas de bombeamento prejudicaram a saída da água, explicou Maurício Loss.
Rio Guaíba sobe 14 centímetros em 5 horas
A chuva voltou a cair na madrugada desta quinta-feira. Em cinco horas, o nível do Rio Guaíba subiu 14 centímetros. No início da tarde, já havia baixado um pouco.
Algumas ruas de Porto Alegre voltaram a ficar alagadas no final da manhã de hoje, mesmo com a baixa do Guaíba. A Avenida Cristóvão Colombo, na região central da cidade, voltou a ser invadida pela água.
Moradores do sul, extremo sul e ilhas da capital foram avisados pela prefeitura para não voltarem para casa. A administração, em nota, justificou o pedido, frente à possibilidade de uma nova elevação no nível do Guaíba, naquela localidade.
As aulas nas redes pública e privada dessa sexta-feira (24) foram suspensas devido a essa situação. A Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) divulgou 86 ocorrências de alagamento, com 55 ruas e avenidas totalmente bloqueadas e 23 parcialmente bloqueadas.