Esta semana, o Ministério da Defesa da Venezuela declarou que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) apoiam Nicolás Maduro como presidente legítimo do país e que estão preparadas para garantir sua posse em (10) de janeiro de 2025. O ministro da Defesa, Vladimir Sobrino López, declarou que as FANB defenderão a Constituição nacional e rejeitam qualquer tentativa de desestabilização.
Por outro lado, o líder da oposição Edmundo González Urrutia, que alega ter vencido as eleições de 28 de junho de 2024, solicitou às forças armadas que respeitem a vontade popular e que permitam sua posse como presidente. González que atualmente se encontra no exterior, anunciou planos de retornar à Venezuela para assumir o cargo nesta sexta, dia (10) de janeiro, mesmo sob ameaças por parte de prisão por parte do governo Maduro.
Segundo o jornal Agência Brasil, o então diplomata divulgou um vídeo na noite de domingo (05), solicitando que militares garantam sua posse, e diz “Em 10 de janeiro, por vontade soberana do povo venezuelano, eu devo assumir o cargo de comandante chefe com a responsabilidade de proteger nossas famílias e dirigir nossos esforços até um futuro de bem-estar e prosperidade para todos os venezuelanos. Nossa Força Armada Nacional está chamada a ser a garantia da soberania e do respeito à vontade popular”.
Em relação à declaração de González, o ministro da defesa Vladimir Sobrino López, diz ser “ridícula”, fala ainda: “Rejeitamos, categórica e veementemente, este ato palhaço e bufão de politicagem desprezível que não terá o menor impacto na robusta consciência patriótica e revolucionária das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, que, em perfeita fusão popular-militar-policial, defenderão com todas as forças a Constituição”. Reconhecendo a vitória de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela.
Entenda a situação sobre a última eleição de 2024 no país
Nas eleições presidenciais venezuelanas do último ano, julho de 2024, Nicolás Maduro buscou um terceiro mandato consecutivo, enfrentando Edmundo González Urrutia, candidato da Plataforma Unitária, principal aliança opositora. A eleição foi marcada por discussões, com acusações de fraude. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo governo, declarou Maduro vencedor por margem estreita, enquanto a oposição e observadores internacionais apresentaram evidências sugerindo vitória significativa de González. Protestos surgiram após o anúncio dos resultados, resultando em detenções e mortes. A Suprema Corte, alinhada ao governo, validou a vitória de Maduro, aprofundando a crise política no país.
Governo dividido aguardando os próximos dias
Dividida, a comunidade internacional permanece com dúvidas em relação à legitimidade do governo de Maduro. Países como Estados Unidos e membros da União Europeia expressam apoio a González. Em contrapartida, outras nações continuam a reconhecer Maduro como presidente. A situação política na Venezuela segue em extrema tensão, com manifestações previstas tanto por apoiadores do governo quanto por grupos oposicionistas nos próximos dias.