Donald Trump, eleito presidente dos Estados Unidos para o mandato de 2025, em sua primeira entrevista após as eleições, declarou que considera retirar o país da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e que planeja acabar com a cidadania automática por nascimento, garantida pela 14ª Emenda da Constituição. Ambas as propostas representam mudanças drásticas na política externa e interna dos EUA, refletindo sua visão nacionalista e de ruptura com tradições históricas.
Presidente enfatizou que OTAN precisa pagar suas contas
Trump declarou: “ Eles ( Europa) não compram nossos carro, não compram nossos produtos alimentícios, não compram nada. e ainda nós nos defendemos”, disse em entrevista à emissora americana NBC, declarou ainda:” Eu consegui centenas de bilhões de dólares para a Otan só com uma atitude dura, eu disse aos países: “ Eu não vou proteger vocês a menos que vocês paguem, e eles começaram a pagar.
A expressão “pagar as contas”, se refere ao compromisso voluntário, que cada país membro da Otan assume de gastar 2% do PIB em defesa. Segundo a Otan essa meta tem sido descumprida desde o final da Guerra Fria, mas voltou a ser gradualmente observada desde a invasão russa da Ucrânia, em 2022, mas tem sido comprida pela maioria dos países.
Sobre acabar com cidadania norte-americana por nascimento
No âmbito interno, Donald Trump reiterou sua intenção de acabar com a cidadania automática para filhos de estrangeiros nascidos em solo americano, prática que ele considera um incentivo à imigração ilegal, atualmente bebês que nascem nos EUA, mesmo que seja filho de estrangeiro, recebe nacionalidade norte-americana.
Ele ainda confirmou que pretende deportar os imigrantes ilegais ao longo do seu mandato, reafirmando o seu discurso anti-imigração da campanha. Mas por outro lado, disse que também está disposto a negociar a situação dos “dreamers”, como são chamados os filhos de imigrantes ilegais , que entraram nos EUA com seus pais quando ainda eram crianças.