Durante o segundo dia de julgamento de Daniel Alves na Espanha, Joana Sanz, esposa do atleta, disse que ele chegou bêbado em casa em 30 de dezembro de 2022, dia em que é acusado de cometer estupro contra uma mulher que não teve a identidade revelada. O argumento faz parte da estratégia da defesa para inocentar o jogador de futebol, que está preso desde 20 de janeiro de 2023.
Abuso de álcool como justificativa
O depoimento de Joana, obtido nesta terça-feira (6) em Barcelona, que não foi transmitido devido a uma instabilidade no sinal, durou menos de 10 minutos. Ela afirmou que o marido “Chegou em casa muito bêbado, com cheiro de álcool. Ele tropeçou em uns móveis e caiu em cima da cama. No dia seguinte, não comentou nada; só falou que saiu com uns amigos. ” A linha de argumentação segue a mesma dos amigos, que também corroboraram com a versão de que Daniel estava muito bêbado no dia, e, portanto, sem condições de responder pelos seus atos. Essa é uma tentativa da defesa de atenuar a pena em caso de condenação. Daniel Alves já mudou a versão dos fatos cerca de 5 vezes.
Testemunhas ouvidas
Para o segundo dia de julgamento no Tribunal de Barcelona, seriam ouvidas 22 testemunhas, das quais duas foram liberadas pela juíza do caso, Isabel Delgado Pérez. Deporam os amigos do lateral-direito, Bruno Brasil, Ulisses Neto e Thiago Slovinski. Bruno afirmou que dos amigos, Daniel foi o que mais bebeu naquele dia, afirmação essa que também foi confirmada no depoimento de Ulisses. “Exatamente não lembro, mas foi bastante porque ficamos desde 14h30 até 1 da manhã, então bebemos muito. Eu diria que pedimos umas cinco garrafas de vinho, uma de uísque. Thiago não bebe, Bruno bebe pouco, então eu e Daniel bebemos muito. Pedimos quatro drinks de gin tônica. Ele tinha bebido bastante”, reforçou Ulisses. Essa foi a versão sustentada pelos três amigos e também pela esposa do acusado, mas que é vista com desconfiança pela imprensa local e também pelo júri, haja vista as contradições encontradas no discurso do atleta.