Um ex-funcionário informou ao portal do G1 que no dia 15 de agosto, uma quinta-feira, houve uma reunião virtual da equipe de cerca de 35 pessoas do X Brasil com a diretora-executiva da empresa, Linda Yaccarino, e outros funcionários.
Redes sociais incluindo o X (Foto: reprodução/Matt Cardy/Getty Images Embed)
“Na chamada, eles mencionaram preocupações com o cenário da operação brasileira do X e deram a entender que haveria mudanças. Mas, em nenhum momento, falaram em fechar o escritório.”
A equipe foi convocada para uma reunião adicional com Yaccarino no sábado, às 10h. “Eu estranhei, porque esse tipo de compromisso no final de semana não era comum no X. Mas, como era com a CEO, imaginei que seria algo importante”, então ele e o restante da equipe foram informados do fechamento do escritório no Brasil e da perda de emprego.
Ele afirma que um e-mail foi enviado pelos recursos humanos logo depois e que todas as verbas rescisórias, exceto a multa do FGTS – um direito de todo funcionário que trabalha em regime CLT e é dispensado sem justa causa – foram pagas nos dias seguintes.
O RH do X Brasil foi gerenciado por uma empresa terceirizada, segundo o ex-funcionário. Ele relata que na última sexta-feira (30), a empresa informou seus ex-funcionários que não havia previsão para depositar esses valores devido ao bloqueio das contas da Starlink, empresa de Elon Musk que opera no Brasil.
Starlink
O empresário Elon Musk teve uma nova resposta quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes bloqueou contas da empresa Starlink Holding, que também é propriedade do bilionário Musk, devido à falta de um representante legal da rede social X no Brasil.
Na semana passada, Moraes considerou a existência de um “grupo econômico de fato” liderado por Musk e, em 18 de agosto, ordenou o bloqueio de todos os ativos financeiros desse grupo no Brasil para garantir que a rede X pudesse pagar as multas impostas pela Justiça brasileira.
A Starlink é a outra empresa de Elon Musk no país além do X, segundo assessores do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Ela opera no Brasil na venda de serviços de internet por satélite, principalmente na região Norte. A Starlink declarou em um post no X que as decisões de Moraes contra o X eram “inconstitucionais” e afirmou que planeja entrar em ação legal.
No dia 24 de agosto, o ministro tomou a decisão, e no dia 27 a Starlink foi informada. O prazo de cinco dias para apresentar um recurso terminou nesta segunda-feira (2). A secretaria judicial do STF já formalizou a perda do tempo para contestar a decisão.
Bluesky
Na segunda-feira (2), a rede social Bluesky, rival do Threads e uma das opções para os usuários do X no Brasil, anunciou que apenas na última semana adicionou 2 milhões de novos usuários. Em sua página, a própria empresa confirmou as informações.